O Twitter anunciou diversas mudanças em sua interface. A mais imediata é que, em vez de ser redirecionado para outro lugar, o usuário poderá ver o conteúdo de fotos e vídeos postados diretamente no site do Twitter, na versão web (imagem acima).
Com as modificações, fica claro que o Twitter deseja que os seus usuários utilizem mais a versão web do serviço de microblogging e permaneçam mais tempo nela.
Melhor para os anunciantes. Um tweet patrocinado, por exemplo, poderá vir acompanhado de um vídeo que será visualizado na própria página do Twitter.
Essa posição do serviço de microblogging não é nenhuma surpresa. Já há algum tempo, o Twitter dá sinais de que quer controlar melhor a experiência do usuário com a ferramenta. Quanto mais pessoas utilizam aplicativos para acessar o Twitter, a relação entre o usuário e o serviço de microblogging fica ainda mais dividida entre a empresa que gerencia o aplicativo e o Twitter. Às vezes, isso pode se tornar uma eterna queda de braço.
Num primeiro momento, acredito que o novo visual vai dividir um pouco os usuários. Alguns vão sentir saudades do visual minimalista, mais simples; outros, vão deixar seus aplicativos de lado e utilizar a versão web do Twitter.
Ao acompanhar as modificações, algumas pessoas estão falando que o Twitter ficou mais próximo do Facebook. Para mim, a sensação é justamente contrária.
O que o novo Twitter deixa mais evidente é a diferença dele com o Facebook.
Apesar de não produzir nenhum conteúdo e grande parte das informações que circulam pelo Twitter poderem ser encontradas em outros lugares, o serviço de microblogging se vê como uma empresa de conteúdo, uma plataforma de mídia.
As pessoas utilizam o Twitter, antes de tudo, por causa do conteúdo.
Isso ficou bem claro em uma recente declaração de Kevin Thau, vicepresidente de negócios corporativos do serviço de microblogging. Segundo ele, o Twitter não é uma rede social, seu foco não é conectar pessoas. As pessoas vão ao Twitter para encontrar informações, conteúdo.
Ou seja, um posicionamento diferente do Facebook, que se vê bem mais como uma empresa de comunicação do que de conteúdo. Historicamente, o Facebook se posiciona como uma plataforma de rede social, uma ferramenta de comunicação. Sua missão é conectar pessoas, fornecer o máximo de ferramentas para que as pessoas possam se comunicar, conversar (não será nenhuma surpresa se, em breve, o Facebook anunciar um serviço de voz).
O Twitter, ao contrário, apesar de não mencionar isso publicamente, se coloca agora como uma empresa de conteúdo e vai pelo caminho mais difícil nas mídias digitais – monetizar conteúdo.
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Crédito das imagens: Chris Messina


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