Ideias de #henryjenkinsbr e #sijol

Na sexta-feira e no sábado, estive em dois eventos importantes sobre mídia no Brasil. Primeiro, na palestra de Henry Jenkins, autor do livro Cultura da Convergência, realizada no Projac, no Rio de Janeiro.

Algumas ideias que circularam na apresentação e no debate após a palestra:

* A melhor forma de minimizar os trolls é fortalecendo e dando armas para os fãs. Não existem melhores defensores do seu trabalho do que a sua base fiel. Aliás, se você não tem ou não conseguiu identificar a sua base de fãs, é melhor rever o que tem feito até agora.
* Antes, as crianças brincavam com bonecos e armas de brinquedo. Hoje elas brincam de “fazer mídia”. Por exemplo, criar mashups e redublagens, que logo são publicadas no YouTube.
* Transmídia é um conceito mais antigo do que imaginamos. A história de Cristo é transmídia, a conhecemos por meio de vitrais de igrejas, por exemplo.
* Seja ela legal ou ilegal, toda a mídia produzida por nós estará disponível em diversas plataformas.

Depois, no sábado, estive no Seminário Internacional de Jornalismo Online, organizado pelo Knight Center, que aconteceu na Faculdade Cásper Líbero, em São Paulo.

* Não são os celulares que são móveis, mas sim as pessoas. As pessoas sempre foram móveis. Portanto, devemos fazer produtos pensando nas pessoas e não em aparelhos.
* Previsões sobre o uso do celular sempre são furadas. O uso do celular cresce bem mais rápido do que o previsto.
* Uma das vantagens do digital é a perenidade do conteúdo. Praticamente, tudo fica para sempre disponível.
* Sistemas automatizados como Google mudam os critérios de relevância da informação.
* Ainda há um culto ao improviso e ao voluntarismo nas “redações digitais”, com isso há um desgaste muito grande entre as equipes. É necessário planejamento e busca da excelência.

Veja também: O que aconteceu no 1º Transparência HackDay

7 respostas para “Ideias de #henryjenkinsbr e #sijol”.

  1. […] This post was mentioned on Twitter by Julio Valentim, Fabio Zelenski. Fabio Zelenski said: “Ñ são os celulares q são móveis, mas sim as pessoas.(…) deve se fazer produtos pensando em pessoas e ñ em aparelhos” http://bit.ly/cqg4FT […]

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  2. Avatar de Alexandre Roldão
    Alexandre Roldão

    Tiago,
    nos esbarramos no Projac e nem pudemos conversar!
    bati um papo com o Inagaki, mas não deu pra me apresentar pessoalmente.
    bom quando o time dos blogueiros paulistas vêm ao Rio.

    abração,
    Alexandre Roldão
    Globonews

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    1. Vc estava lá? Puxa, que pena a gente não ter conversado.

      Abs,

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  3. #sijol foi mais ou menos
    #henryjenkinsbr foi muito bom

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  4. Valeu por compartilhar, muito bacana as reflexões.

    Abraços!

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    1. Obrigado, Vinicius. Existem mais detalhes da palestra de Jenkins no http://bit.ly/blOvar
      abs

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  5. Tiago,

    Não sei se existe um culto ao improviso e a ação solidária, na realidade, no meu ponto de vista, é a falta de remuneração pela atividade que gera esse "desleixo".

    Veja pelo ponto de quem faz um blog/site, mas, tem de trabalhar, já que o blog/site não remunera, entretanto escreve por interesse pessoal sobre o assunto. Falta tempo, pessoal, especialização para criar a ferramenta e por ai vai. Mesmo assim, vejo gente focando a qualidade sim, por mais que para o crítico com um pouco mais de conhecimento veja inumeros erros. Erros que vão desde a arquitetura do site/blog, escrita, imagem, método de pesquisa e por ai vai.

    Claro que vejo essa análise pela ótica de um atuante sem remuneração, já nos locais remunerados eu não posso afirmar. Penso que não somente um site comercial se coloca como "redação on-line", aqui em SC estamos realizando um site sobre um time de futebol local, o Figueirense. Já há sete integrantes, com economista, publicitário, jornalistas e por ai vai, porém de forma voluntariada. http://www.meufigueira.com.br/, tanto que já estamos até tentando ir para o impresso (jornal), temos um com três edições já.

    No nosso caso, no entanto, acredito que não podemos nos esquecer que não necessariamente a atividade em internet se trata de algo com intuito comercial, mas sim de uma nova forma do ser se expressar e comunicar. Não como um indivíduo, mas em grupo mesmo, surgindo inclusive como uma possível zona de superação do modo de produção vigente.

    Enfim, é um fuga ao que existe, mas, primando pela qualidade também, mas, procurando ser profissional. Profissional, mas, voluntário quanto a atividade.

    Abraço

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