Na sexta-feira e no sábado, estive em dois eventos importantes sobre mídia no Brasil. Primeiro, na palestra de Henry Jenkins, autor do livro Cultura da Convergência, realizada no Projac, no Rio de Janeiro.
Algumas ideias que circularam na apresentação e no debate após a palestra:
* A melhor forma de minimizar os trolls é fortalecendo e dando armas para os fãs. Não existem melhores defensores do seu trabalho do que a sua base fiel. Aliás, se você não tem ou não conseguiu identificar a sua base de fãs, é melhor rever o que tem feito até agora.
* Antes, as crianças brincavam com bonecos e armas de brinquedo. Hoje elas brincam de “fazer mídia”. Por exemplo, criar mashups e redublagens, que logo são publicadas no YouTube.
* Transmídia é um conceito mais antigo do que imaginamos. A história de Cristo é transmídia, a conhecemos por meio de vitrais de igrejas, por exemplo.
* Seja ela legal ou ilegal, toda a mídia produzida por nós estará disponível em diversas plataformas.
Depois, no sábado, estive no Seminário Internacional de Jornalismo Online, organizado pelo Knight Center, que aconteceu na Faculdade Cásper Líbero, em São Paulo.
* Não são os celulares que são móveis, mas sim as pessoas. As pessoas sempre foram móveis. Portanto, devemos fazer produtos pensando nas pessoas e não em aparelhos.
* Previsões sobre o uso do celular sempre são furadas. O uso do celular cresce bem mais rápido do que o previsto.
* Uma das vantagens do digital é a perenidade do conteúdo. Praticamente, tudo fica para sempre disponível.
* Sistemas automatizados como Google mudam os critérios de relevância da informação.
* Ainda há um culto ao improviso e ao voluntarismo nas “redações digitais”, com isso há um desgaste muito grande entre as equipes. É necessário planejamento e busca da excelência.
Veja também: O que aconteceu no 1º Transparência HackDay

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