
Veja o que Eduardo Arcos, que não é jornalista (seria considerado “cidadão-jornalista” pelos mais teóricos), escreve sobre o assunto em seu blog, o ALT1040, um dos mais respeitados em língua espanhola. Pelo menos, não sou o único a achar o termo desnecessário.
“O jornalismo cidadão não existe. É um termo, uma etiqueta, uma tag, um chavão inventado por pessoas (ligadas ao jornalismo tradicional) para tentar racionalizar o fato de que agora, especialmente graças à grande disponibilidade de certas tecnologias de hardware e software (internet, câmeras digitais, de vídeo, smartphones, telefones com câmera), as pessoas podem publicar conteúdo que tenha caráter informativo.
(…) Não se trata de uma concorrência entre ‘blogueiros e jornalistas’, menos ainda uma guerra ‘TV vs internet’, se trata de começar a considerar melhor e respeitar mais as pessoas que publicam na internet.
Creio que tão pouco estamos interessados em que nos chamem de jornalistas (porque não somos), o que estamos interessados é que se encontrarem uma notícia por meio de, por exemplo, Twitter, blogs e YouTube, sejam suficientemente sensatos e aprendam a dar crédito a pessoa e não à ferramenta de publicação. (diferente de algo como ‘crédito: YouTube’ ou ‘crédito: internet’)
Em poucas palavras, se trata de construir um ambiente de respeito mútuo. Nem mais nem menos”.
Crédito da foto: Robert Scales
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