Grandes redirecionadores de tráfego

boyjornal01

O assunto está rendendo e é bem emblemático para quem é acostumado a consumir notícias por meio da web. Além da apresentação do diretor geral da Google, o principal assunto dessa semana nos sites de mídia é o ataque aos buscadores e agregadores de notícias.

Depois do ataque, vem a defesa. Erick Schonfeld, um dos colaboradores do blog Techcrunch, sai do lado dos buscadores e compara a agência Associated Press, pivô de toda a polêmica, à indústria fonográfica, à RIAA, associação que defende os interesses das gravadoras e que vem processando diversas pessoas que baixam músicas na internet.

Comparação que também foi feita por Vinicius Zimmer, nos comentários deste blog.

Para afinar mais ainda o discurso dos que defendem os agregadores e buscadores de notícias, saiu uma pesquisa da Hitwise que indica que buscadores, blogs e portais que atuam como agregadores de notícias são responsáveis por quase 40% do tráfego por meio de links dos principais sites de notícias nos EUA.

Os agregadores são, portanto, importantes redirecionadores de tráfego, segundo a Hitwise.

E o que chamou mais a atenção. Quase empatada com os sistemas de busca, outra principal fonte de tráfego vem dos próprios sites de notícias, quando um linka para o outro. Algo que o NYTimes, Washington Post e Wall Street Journal vêm fazendo há algum tempo.

Alguns mais, outros menos. Todos os 3 sites fazem links para o conteúdo do outro, acabam compartilhando tráfego (vide a seção de tecnologia do NYTimes e o Political Browser do Post).

É um exemplo de como o tabu da concorrência não funciona muito bem, vem “baleiando”, no ambiente de internet, principalmente quando o critério jornalístico e não o corporativo fala mais alto.

Crédito da foto: Mike Bailey

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7 respostas para “Grandes redirecionadores de tráfego”.

  1. Muito impressionante esses 22% entre os sites jornalísticos.

    Mas faço um questionamento – qtos desses leitores efetivamente clicaram num link q rompe o tabu da concorrência e qtos simplesmente tem como hábito navegar por mais de um site, num padrão vou ler notícias do assunto X .

    Na internet, para desespero da AP, o leitor é menos fiel do q na banca.

    Um dado q indicaria q esses 22% não se devem exclusivamente aos links é o fato de os padrões de busca mostrarem que quem busca por Folha, tb busca por Estado de São Paulo, quem busca WSJ tb visita Bloomberg, e por aí vai.

    22% é muito para links ainda discretos, apesar de eu reconhecer q são links de muita qualidade, quase sempre com indicação ‘melhor da web’.

    Igualmente impressionante é essa patetada da AP. O tom do chairman da AP me levou a fazer título jocoso em http://www.blogdeguerrilha.com.br/2009/04/08/google-sai-ileso-da-cova-dos-leoes-banguelas/.

    Na fala do E Schimdt, me impressionou a humildade dele e o respeito pelo usuário. Chegou a corrigir quem fez uma pergunta sobre superficialidade no Twitter. “Desculpe, tenho cuidado de não dizer que consumidores fazem coisas idiotas. Eu amos meus clientes, mesmo qdo fazem algo q não gosto”.

    A comparação com a RIAA ainda fica mais clara qdo ele disse q são todos negócios voltados para o consumidor. “E se vc encher o saco dos seus leitores, vc vai ficar sem nenhum”.

    E nas redações, o “leitor mala” ainda é uma instituição.

    Poynter botou transcrição do E Schmidt em
    http://www.poynter.org/column.asp?id=101&aid=161441

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    1. @Javoski

      Eu achei bastante também. Vale lembrar que a pesquisa da Hitwsise é toda sobre tráfego baseado em links.
      E vc apontou algo correto, os leitores simplesmente tem como hábito navegar por mais de um site. Talvez esse quebra do tabu nem seja tão perceptível para os leitores, já é algo natural.

      abs

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  2. […] a linkar uns para outros, compartilhando tráfego (postura que já é responsável por uma das principais fontes de tráfego de um site de […]

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  3. […] Veja também: Agregadores são grandes redicionadores de tráfego […]

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  4. […] recente da Hitwise mostrou que uma das principais fontes de tráfego dos principais portais de notícias nos EUA vem deles próprios, quando um linka para o […]

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  5. […] de redirecionarem tráfego para os sites de jornais, esses agregadores deveriam também compartilhar receita com jornais, […]

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  6. […] caso, ir contra os agregadores de notícias é apenas consequência dessa visão de Murdoch. A partir do momento em que um negócio não se […]

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