
Acertou na mosca: um personagem para o YouTube, a Obama Girl
As eleições para a presidência dos EUA apenas começaram, mas já dão um bom panorama das novas abordagens que estão sendo feitas por candidatos e empresas de mídia. A imprensa menos especializada dá destaque ao uso de redes sociais – Facebook e Flickr – e YouTube por parte dos candidatos.
O que não é nenhuma novidade. Apesar de algumas abordagens interessantes, como a da Obama Girl, no YouTube, não existe nada de grande impacto. O uso de ferramentas colaborativas para fazer propaganda política e mobilizar militantes e eleitores já ocorria em pleitos anteriores, seja aqui, no Brasil, ou lá fora. Em menor escala, mas já existia.
A meu ver, os destaques nestas eleições são os mashups e os newsgames, jogos baseados em notícias.

Portais de notícias, por exemplo, investem neste último formato. O MSNBC lançou o Race to Whitehouse. Dois animais – um elefante [republicanos] e um burro [democratas] – tentam chegar à Casa Branca [presidência dos EUA]. No meio do caminho vão arrecadando dinheiro.
Por sua vez, desde junho do ano passado, a CNN está no ar com o Presidential Pong, no qual você joga tênis com os pré-candidatos à presidência dos EUA. Cada um tem as suas habilidades desenvolvidas de acordo com o andamento da campanha eleitoral, no mundo offline.
Já o USA Today foi mais ousado e lançou o Candidate Match Game, um jogo que ajuda os eleitores indecisos a escolher o seu pré-candidato às eleições nos EUA.

Na área de mashups, o grande destaque é o Election 08 Political Dashboard, feito pela Yahoo!. Reúne e cruza dados da agência Associated Press, da empresa de monitoramento Intrade, do agregador de notícias sobre política RealClearPolitics e do próprio serviço de busca da Yahoo!.
O mashup fornece em uma única tela o quanto de dinheiro foi arrecadado e como investidores do mercado financeiro e os eleitores vêem cada candidato, além de um ranking do Buzz Yahoo!, que indica quais candidatos são mais procurados no sistema de busca do Yahoo!. Essas tendências são mostradas em porcentagens e atualizadas em ‘tempo real’.
Há ainda um mashup especial feito pela própria equipe do Google Maps, mas que, por algum motivo, não mostra os números da apuração das prévias eleitorais em tempo real.

E tem mais. O US Election 2008 Web Monitor, mais voltado para jornalistas e analistas, que mostra o desempenho dos candidatos na mídia. Revela quantas vezes um candidato é citado em jornais dos EUA, Canadá, Inglaterra e Austrália e em 1.000 blogs selecionados. Todos os dados reunidos são apresentados em formato de gráfico.
Os mashups são uma ótima ferramenta para ter em pouco tempo um panorama do desempenho dos candidatos. De repente, o cruzamento de vários dados pode revelar informações que antes eram desconhecidas.
No entanto, deve existir uma preocupação em escolher fontes confiáveis e deixar claro ao eleitor/leitor quais são essas fontes. Em caso de cobertura eleitoral, transparência é um aspecto mais do que fundamental.
Resta saber qual será o efeito de tudo isso na cobertura das próximas eleições por aqui, no Brasil. Será que vamos ver portais brasileiros de notícias experimentando e fornecendo aos seus leitores novos formatos, como os mashups e os newsgames?
Atualização 17/04/08 – Surgiu um novo mashup que monitora a fonte de financiamento dos candidatos. É o MAPLight.
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