O consumidor de tecnologia de baixa renda

Se Tomi Ahonen estiver correto, o mobile vai matar de vez o dinheiro (de papel). Contudo, se isso realmente acontecer, terá início nos países em desenvolvimento.

Nesta semana, a Visa anunciou que oferecerá serviços móveis de pagamento para países em desenvolvimento. A intenção é atender nações onde ainda não existe rede bancária e possibilitar à população o pagamento de contas e a realização de compras pelo celular.

O serviço será pré-pago e estará inicialmente disponível na Nigéria e em Uganda, para depois ser disponibilizado em outros países da África.

Segundo estudo do grupo GSMA, a África possui o mercado de tecnologia móvel com crescimento mais rápido em todo o mundo. Parte da população africana já usa o celular para fazer quase tudo, inclusive compras, pagar contas, obter microcrédito. Aproximadamente 30% da economia do Quênia transita por telefones celulares. O m-banking existe há mais de 4 anos.

Ao ler a notícia da expansão dos serviços de pagamentos móveis pela África, lembrei do pesquisador CK Prahalad, criador do conceito de “riqueza da base da pirâmide“.

O termo é utilizado em relação ao desenvolvimento de negócios com base em novas tecnologias voltadas para pessoas de baixa renda.

Segundo Prahalad, existem muitas oportunidades na base da pirâmide social que ainda são pouco conhecidas. Com a exploração dessas oportunidades, pessoas de baixa de renda podem ser incluídas no mercado, fomentando o empreendedorismo e a “inovação reversa” (inovação que surge primeiro nos países emergentes e depois é exportada para as nações desenvolvidas).

Um exemplo deste tipo de inovação é o recarregador universal de bateria da Fenix, tecnologia desenvolvida primeiramente em países que não possuíam energia elétrica e que, agora, está sendo exportada para países desenvolvidos.

Bem mais do que a gente imagina, o consumidor de tecnologia de baixa renda pontencializa mercados e inovações.

Veja também: Design e tecnologias feitas para 90% da população

Crédito da foto: WhiteAfrican

4 respostas para “O consumidor de tecnologia de baixa renda”.

  1. ótima notícia! Tem tudo a ver com as novas tecnologias num mundo infelizmente quebrado financeiramente(leia-se E.U.A)O público-alvo nas próximas décadas será atividades para o público de baixa renda. ìndia. Africa, China sairam na frente com isso.

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  2. […] para não se desanimar como blogueiro Perguntas que o meu pai faria antes de lançar o seu e-book O consumidor de tecnologia de baixa renda O novo desenho do Youtube que alguns usuários já estão experimentando O que as pessoas estão […]

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  3. Essa matéria tem tudo a ver com Brasil..rs

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  4. […] Veja também: O consumidor de tecnologia de baixa renda […]

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