Editora em HTML5

A Hearst, responsável por revistas como Esquire e Marie Claire, anunciou que lançará versões em HTML5 dos principais produtos da editora.

Com essa decisão, será possível acessar os sites das revistas em tablets e celulares, sem a necessidade de baixar e instalar aplicativos. Até o fim de 2012, ano que vem, a previsão é que todos os sites estejam utilizando a nova versão da linguagem de marcação.

A intenção é ganhar uma logística melhor de desenvolvimento, evitando ter que criar um aplicativo para cada dispositivo, sistema e navegador. Ainda não ficou claro se o objetivo futuro também é driblar a cobrança da comissão de 30% da Apple nas transações feitas via aplicativos.

Por enquanto, os aplicativos das revistas continuarão a ser disponibilizados na App Store.

Em junho, o Financial Times lançou uma versão em HTML5 de seu site, dispensando a instalação de aplicativos ou a passagem pela App Store, da Apple.

Hoje a publicação não está mais presente na loja de aplicativos da Apple.

Ganhar mais autonomia (fazer vendas diretas), acesso a dados sobre os leitores e utilizar uma logística melhor de desenvolvimento foram os motivos que forçaram a mudança.

Logo após o Financial Times, Boston Globe, WalMart, SalesForce e Amazon seguiram o mesmo caminho e lançaram versões em HTML5 de seus sites e serviços.

Por coincidência, nesta semana, foi publicado um estudo da Bernstein Research, o qual indicou que a adoção em larga escala da tecnologia de HTML5 causará uma redução em 30% no crescimento do lucro da Apple até 2015, o que trará benefícios para a Microsoft e a Google.

Detalhe – no início de 2010, a Apple incentivou o uso do HTML5 como uma forma de driblar a tecnologia flash nos tablets e celulares.

Ser pioneiro num mercado tem vantagens e desvantagens. Após um período de excelência no mercado de aplicativos, a Apple promete colher algumas dessas desvantagens. Pelo menos, a pesquisa da Bernstein Research aponta isso.

Veja também: “iPadização” do computador pessoal

2 respostas para “Editora em HTML5”.

  1. Excelente! Justin Timberlake sabe das coisas po, what goes around, comes around e essa história do HTML5 não poderia ser exemplo melhor. =)

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  2. Ao invés de HTML5, eles também poderiam ter usado o termo WEBSITE, que no caso citado é basicamente a mesma coisa, mas HTML5 é mais cool.

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