Nesta semana, a Google liberou para usuários fora dos EUA a possibilidade de fazer chamadas telefônicas via Gmail (o serviço está disponível no Brasil).
Em ligações para telefones fixos e celulares, é cobrada uma determinada taxa por minuto.
O serviço não é inovador. Na realidade, a internet sempre permitiu a ligação por voz. O problema é que antes existia uma restrição tecnológica, além do pouco volume de usuários, algo que vem sendo amenizado com o crescimento mundial da banda larga.
Não é à toa que de 3 anos para cá, serviços de ligação pela internet têm se tornado comuns. No mês passado, o Facebook anunciou uma integração com o Skype.
As primeiras análises comparam o serviço do Gmail ao Skype. Os dois seriam competidores. No entanto, esse tipo de leitura não leva em conta um detalhe importante. Diferente do Skype, hoje nas mãos da Microsoft, a Google tem uma histórica política de cortar intermediários e ganhar autonomia.
Para funcionar, o Skype depende da infraestrutura de terceiros. É uma aplicação que roda sobre a plataforma de internet, cuja infra não está nas mãos do Skype. Atualmente a Google também depende de intermediários, mas ao contrário do Skype, vem comprando a sua própria infraestrutura.
Não é de hoje que a Google mostra interesse em comprar infraestrutura de internet e participar de leilões de espectros wireless. Dessa forma, a empresa verticaliza os seus negócios e controla melhor a performance e o modo como os seus serviços chegam até os usuários finais.
Neste sentido, perante o Skype, a Google tem uma grande vantagem.
Além disso, ao fornecer um serviço de telefonia e mostrar interesse em comprar infraestrutura de internet, a Google mostra, uma vez mais, que não tem restrições em ser vista também como uma empresa de telecom.
Veja também: Com Skype, Facebook reafirma ser um “utilitário de comunicação”
Crédito da foto: Florian


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