No livro “Encartes Especiais“, o pesquisador brasileiro Sergio Picciarelli mostra como a mídia impressa no Brasil vem se aproveitando das novas tecnologias de impressão – uso de chips de luz e som, holografia, tintas fluorescentes, termocrômicas e removíveis. Todas amplamente utilizadas em peças publicitárias, mas pouco no jornalismo.
No livro, Picciarelli cita uma exceção – a Revista Superinteressante, que, em abril de 1997, trouxe na capa uma aplicação de aroma de banana, que servia de isca para chamar a atenção para uma reportagem interna sobre o funcionamento do olfato e a tecnologia do “nariz artificial“.
Lembrei disso ao ler a notícia de que a última edição da Esquire espanhola vem com o cheiro do tradicional ambiente do restaurante El Bulli, que está para fechar as portas (o aroma seria uma mistura de eucalipto com pinheiro. O restaurante fica na Baía de Cala Montjoi, na Espanha).
Ao esfregar a capa, é possível sentir o aroma do estabelecimento, que é tema da reportagem de capa da revista.
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