As pessoas estão consumindo notícias como nunca visto

Quando o videocassette se popularizou, houve um crescimento no consumo de vídeos. As pessoas consumiram conteúdo visual como nunca antes registrado.

Com a web não é muito diferente. Com a popularização dela, uma explosão de sites de notícias aconteceu. As pessoas estão consumindo conteúdo noticioso como nunca – por ironia do destino, na mesma época em que o urubu voa baixo em algumas redações de jornais impressos.

Segundo pesquisa do Pew Research Center, as publicações online são responsavéis por esse crescimento.

Em 2000, um americano passava, em média, 57 minutos por dia consumindo notícias. Em 2010, esse número subiu para 70 minutos.

Quase sempre, o mais interessante da pesquisa do Pew Research está nas entrelinhas:

– Cada vez mais, as pessoas estão consumindo informações em diversos lugares e dispositivos (email, tablets, celular, redes sociais, blogs)
– Cresce o número de pessoas que utilizam mecanismos de busca para se informar
– Apenas 7% utiliza plataformas de redes sociais para obter notícias. Porém, esse número tende a crescer.

Veja também: Mídia, mas com agendas diferentes

4 respostas para “As pessoas estão consumindo notícias como nunca visto”.

  1. Tiago, a grande questão – e que eu sempre reclamo com institutos de pesquisa quando posso – é que as sondagens sempre são feitas encarando informação como sinônimo de notícia. Isso é um erro grosseiro que provoca um desvio enorme quando a ideia é radiografar o consumo de conteúdo na Rede. Material noticioso não chega nem à metade da informação que circula na web. Ficaremos eternamente reféns deste tipo de pesquisa, será? Podemos mais, muito mais, aqui e no exterior.

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    1. Bem lembrado, Bruno.
      Sem contar que a pessoa que é entrevistada às vezes não sabe a diferença entre informação e notícia.

      abs

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  2. Essa pesquisa só evidencia aquilo que todos os internautas vivenciam: o excesso de informação.

    Creio que isso muito tem a ver também com o excesso de produção informativa e a infinidade de sites e blogs de conteúdo. Entretanto, tudo é muito superficial, tendo em vista a amplitude da rede.

    Por exemplo, acho que hoje em dia é muito mais complicado pedir para um internauta explicar com detalhes aquilo que leu na web do que um cidadão informado de antigamente que dispendia tempo lendo jornal. Temos menos atenção na leitura, então toda a informação vira um aditivo que nosso cérebro acaba não comportando.

    Como você bem disse no título, notícia virou consumo, só que de curto prazo.

    Abraços!

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  3. a internet, apesar de ser um ambiente totalmente diferente do que estávamos acostumados, não tem o poder de mudar o comportamento das pessoas em sua estrutura. se as pessoas consomem na vida real, consumirão vorazmente também pela internet. não tem como se esperar outra coisa, vocês não acham?
    falando do Brasil (que é o que eu conheço), a educação está voltada mais para o acúmulo de informação e não construção do conhecimento, o que dá mais trabalho, envolve mais tempo e paciência. nesta nossa cultura imediatista (aí, não só no Brasil), é mais um comportamento generalizado, na internet e "fora" dela.

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