Que tipo de notícia as pessoas compartilham por email?

A respeito de “comportamento digital”, o NYTimes repercutiu um estudo que foi feito pela Universidade da Pensilvânia. Durante 6 meses, os pesquisadores analisaram a lista de notícias mais enviadas por email do jornal (email = aplicação de internet mais utilizada até hoje, apesar do crescimento de microblogs e redes sociais).

A principal conclusão é que artigos com tom positivo, inspirador e longos são mais compartilhados que negativos ou curtos. Outro dado interessante é que apenas 20% do que fica em destaque na home do NYTimes é compartilhado por email (nem sempre o que é polêmico e está em destaque é o que as pessoas gostam de compartilhar via email).

Entrelinhas, dá para perceber que a motivação para compartilhar uma notícia por email é para que a outra pessoa sinta a mesma emoção que você sentiu quando fez a leitura.

Seja algo inspirador. Será que no Twitter é parecido?

A pesquisa tem algumas lacunas. Não leva em conta que certos leitores podem estar enviando o link da notícia para o email deles mesmos, como lembrete para ler depois (antes de utilizar a extensão Read it Later, eu fazia isto). E ainda utilizou somente como referência as pessoas que utilizam o botão de compartilhar por email no NYTimes (e não o método manual de copiar e colar no corpo do email a url da notícia, atitude que acredito seja mais comum).

O estudo completo pode ser visto aqui (em formato pdf).

Veja também:
Twitter é grande redirecionador de tráfego para os blogs

Crédito da foto: Biscotte

7 respostas para “Que tipo de notícia as pessoas compartilham por email?”.

  1. Tiago, o Nicholas Kristof, jornalista do NYT, escreveu um artigo que versa sobre o mesmo assunto, mas sem uma pesquisa por trás, apenas a experiência de 20 anos como jornalista.

    "THE RECENT RESEARCH in social psychology offers a couple of central lessons. The first is a bit surprising: We intervene not because of stories of desperate circumstances but when we can be cheered up with positive stories of success and transformation. For example, one experiment found that people are quite willing to pay for a water-treatment facility to save 4,500 lives in a refugee camp with 11,000 people in it, but they are much less willing to pay for the same facility to save 4,500 lives when the refugee camp is said to have 250,000 inhabitants. In effect, what matters is saving a high proportion of people, not just a large number of lives. Paul Slovic, a psychology professor at the University of Oregon who has pioneered this field of research, notes that saving a large proportion of a group is very satisfying, while saving a small proportion seems like a failure—even if it's a high number. All this fits in with a large body of research that suggests that people do good things in part because it feels good. The irony: Altruism creates its own selfish reward. Or, to put it another way, nobody gains more selfish pleasure than those who act selflessly."

    Eis o link: http://outside.away.com/outside/culture/200912/ni

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  5. […] O estudo vai ao encontro de um outro produzido pela CNN e de um anterior feito com os próprios leitores do NYTimes. […]

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  6. […] Mas, nem bem isso passou pela minha cabeça, li o texto do Tiago Dória sobre “Por que compartilhar notícias?” – que também faz referência a este aqui. […]

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