As grandes empresas podem até estar com um pé atrás, mas os usuários já abraçaram e perceberam os benefícios do cloudcomputing faz tempo. Esse foi um dos argumentos utilizados pelo pesquisador Nicholas Carr para provar que a ideia de “computação nas nuvens” não é somente hype.
YouTube, Wikipedia, Twitter, Gmail são exemplos de que as pessoas já adotaram o cloudcomputing em seu dia-a-dia.
Em passagem pelo Brasil, nesta terça-feira, o pesquisador do MIT (Massachusetts Institute of Technology) participou como palestrante do HSM ExpoManagement 2009. Eu estive por lá.
Para quem acompanha a sua carreira (livros e blog), Carr não trouxe novidades. Sua apresentação tomou como base o seu último livro publicado, A Grande Mudança (que já comentei aqui, no blog). A internet é uma tecnologia disruptiva tão quanto a eletricidade foi em sua época.
No entanto, o pesquisador do MIT bateu mais na tecla do cloudcomputing e os seus possíveis benefícios – integração entre dispositivos, portabilidade de dados, possibilidade de acessar informações de qualquer lugar.
Apesar de mostrar um estudo indicando que apenas 3% das grandes empresas nos EUA adotam a “computação nas nuvens“, Carr acredita que esse cenário vai mudar. Segundo ele, está morrendo o conceito de ver a web apenas como repositório de páginas e não um sistema.
Dessa forma, as suas ideias vão ao encontro do pensamento de Patrick Sinclair, engenheiro de software da BBC, que afirmou que o grupo de mídia britânico não vê a web apenas como uma plataforma de distribuição, mas um sistema, o “gerenciador de conteúdo” de seu site.
Engraçado que Carr adotou um posicionamento um pouco diferente de seu livro, no qual ele comenta que você não deve mudar toda a sua infraestrutura para cloudcomputing, mas adotar uma posição híbrida. Ou seja, o desafio atual é saber o que passar ou não para as “nuvens”.
De novidade, o pesquisador trouxe números atualizados e comentou sobre o case do NYTimes. Em 2008, o jornal passou a utilizar cloudcomputing em seu sistema de arquivos.
Mais precisamente os serviços do Amazon EC2 no Times Machine (ferramenta que permite navegar por 70 anos do arquivo do jornal). De 4TB (terabytes) de arquivos em formato TIFF passou para 11 milhões de arquivos em formato PDF.
Nesta quarta-feira, acontece o último dia do HSM ExpoManagement 2009. Um dos palestrantes será Bill Tancer, autor do livro Click, comentado aqui, no blog, no começo do ano.
Veja também:
Como a BBC ‘reutiliza’ a web
Crédito das fotos: Akakumo e HSM


Deixe uma resposta para Tiago Dória Weblog » Blog Archive » Era pós-PC, segundo Ray Ozzie Cancelar resposta