Vão tentar reinventar a roda

wsjnew02Acho que já é a 3ª vez que o Wall Street Journal quer “reinventar a roda”.

No ano passado, o jornal lançou uma rede social própria. Além de não representar facilidade – os leitores teriam que fazer mais um perfil, decorar mais um login e senha, em mais uma rede social – , falei que não faria sentido, seria como querer “reinventar a roda” no momento em que seus leitores já estavam em redes sociais – Facebook, Linkedin, aSmallWorld – comentando e interagindo com o conteúdo do jornal.

O Journal não tem necessidade de criar “discussões e comunidade”, mas agregar “discussões e comunidade”. O caminho mais natural seria trazer para o site do jornal essas discussões em torno de seu conteúdo que já acontecem na rede, mas estão longe de seu chapéu.

Não deu outra. Foi um fracasso. Hoje, a WSJ Community é quase uma “cidade fantasma”. Agora, outra vez, tentarão ter uma nova rede social própria. Desta vez a tecnologia será terceirizada, não será própria, desenvolvida pela Slingshot Labs, segundo adianta o Techcrunch.

A intenção seria pegar participação de mercado da rede social Linkedin. Em tempos de Facebook Connect (para mim, um dos melhores recursos lançados ultimamente), usado pelo Washington Post, CBS, Billboard, e que integra a rede social Facebook a outros sites, é um caminho contrário.

Uma vez mais, fica a pergunta: “Por que não agregar/integrar-se a redes sociais existentes em vez de reinventar a roda?”

Veja também:
“WSJ 2.0″ quer reinventar a roda. De novo!

7 respostas para “Vão tentar reinventar a roda”.

  1. Nossa de novo, acho que o WSJ tem algum complexo de inferioridade. Sempre quer lançar uma rede social própria.

    []`s

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    1. @Bruno

      Acho que é um pouco daquela estratégia de “entrar na indústria substituta”. Se a TV a cabo está roubando nossa audiência, entramos na indústria de TV a cabo e assim por diante.
      Mas acho que, às vezes, integrar-se à “indústria substituta” pode ser mais negócio.

      abs

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  2. Precisam aprender mais com Microsoft que ao invés de dar chute na canela do primeiro lugar, se juntou com o segundo para ganhar força.

    Os negócios são diferentes mas a lição serve.

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  3. @Geraldo Franca

    Com certeza, Geraldo. Os negócios são diferentes, mas a estratégia da Microsoft (que a priori achei ótima) podia ser tomada como referência.

    abs

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  4. Xará,

    Pode deixar que eu respondo a sua pergunta: WSJ quer reinventar a roda simplesmente porque acha que os usuários dão crédito às empresas “primárias”. Aí, creio que eles podem cair do cavalo porque, além de fazer um investimento que pode soar desnecessário, acaba corrompendo sua relação com o público, distanciando-os cada vez mais.

    Sinceramente, acho que não dá mais pra renegar Facebook, Twitter, Kindle, Google e Microsoft. Às vezes, é bom levarmos ao pé da letra aquele velho ditado: “Ande pela sombra”.

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    1. @Tiago Ferreira da Silva

      Valeu, Tiago, pela resposta!
      O ditado “Ande pela sombra” cai bem nesse caso do WSJ.

      abs

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  5. […] Ou seja, é aquela velha questão. Vale a pena criar uma infraestrutura própria ou se aproveitar de uma já consolidada? […]

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