A agência de notícias Associated Press passou a trabalhar com o conceito de crowdsourcing, mas o que realmente chamou a atenção, neste final de semana, foi a proposta que ela fez da utilização por todos os sites de um padrão comum de microformats feito especialmente para notícias.
O papo é meio técnico, mas seria como se uma matéria, um artigo, trafegasse pela rede com uma etiqueta. Etiqueta que só pudesse ser lida por robôs indexadores, por computadores.
Nessa etiqueta estariam informações sobre quem fez a reportagem, a empresa responsável pela publicação, a data e onde a matéria foi escrita. Seria metainformação. Informação sobre a informação (no caso de uma matéria).
Isso facilitaria bastante o trabalho dos buscadores e agregadores de notícias e lá na ponta final a vida dos leitores que encontrariam uma informação de forma mais fácil na rede.
A idéia é boa, é um caminho inevitável o uso desses padrões para facilitar a indexação e a busca de assuntos. O problema é que essa proposta surgiu da Associated Press, aquela agência que até pouco tempo atrás estava querendo processar os buscadores de notícias.
O blog Techdirt, especializado em direitos autorais, fuçou um pouco e destacou que a intenção da AP não é facilitar a indexação e a circulação de informações, mas, na verdade, inserir informações que indiquem se uma matéria pode ser indexada ou não, se um conteúdo pode ser utilizado ou não.
Tenho certeza – se a Google ou a Reuters, que têm um posicionamento bem mais amigável à cultura digital, tivessem feito essa proposta, ela seria bem mais aceita.
Crédito da foto: Forever Digital
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