
Depois que Eric Schmidt, diretor-geral da Google, deu a bênção, ao afirmar que conteúdo pago por assinaturas pode coexistir com modelos gratuitos na internet, a idéia de cobrar pelo acesso a conteúdo com caráter informativo passou a ser cogitada outra vez.
Principalmente agora que os jornais entraram mais ainda em uma espiral de busca por uma fórmula mágica contra a constante queda de receita.
Neste sentido, o blog do Nieman Journalism Lab, ligado à Universidade de Harvard, publicou uma entrevista com Alan Murray, diretor executivo do Wall Street Journal, um jornal que, na contramão do mercado, aposta no modelo de assinatura em seu site.
Diferente de outros jornais online, sempre achei a estratégia do WSJ mais criteriosa sobre o que fechar e cobrar pelo acesso.
Murray dá algumas dicas baseadas nesta estratégia sobre como cobrar por conteúdo. O problema é que ele dá a entender que essas dicas se aplicam a qualquer jornal, época e mercado:
=> O melhor modelo é o híbrido, mesclar conteúdo pago com gratuito
=> Você não deve fechar o acesso e cobrar por informação que é exclusiva sua (furo de reportagem?). Pelo contrário, ela é que vai atrair tráfego para o seu site.
Como a informação é exclusiva, diversos outros sites serão obrigados a citá-lo e a fazer links, do tipo “segundo o Wall Street Journal”.
=> (Não feche o acesso e) Não cobre pelo conteúdo que é mais popular em seu site.
É esse conteúdo que vai atrair, vai construir tráfego para o seu site, que depois você poderá reverter em receita com publicidade. No caso do WSJ, as seções mais populares são política, artes, opinião, blogs, além do “breaking news”.
=> Conteúdo pago deve ser voltado para nichos, para assuntos e públicos muito específicos. Quanto mais específico, melhor. Rumores indicam que o WSJ está preparando um novo produto de nicho (pago) todo voltado para CFO’s (diretores financeiros de empresas).
Crédito da foto: Alan Clever
Deixe uma resposta para Alexandre Cancelar resposta