
Pergunto isso por que conferi a lista anual das 50 empresas mundiais mais inovadoras feita pela revista Fast Company e, pela primeira vez, uma grande parte delas é da área de biotecnologia.
Uma das 10 primeiras do ranking, por exemplo, é a chinesa WuXi PharmaTech, uma das que mais cresce no mundo. Tem ações na Bolsa de Valores de Nova York, comprou diversas empresas americanas do setor no ano passado e, apesar da crise mundial, tem uma expectativa de empregar mais pesquisadores do que o famoso laboratório Pfizer.
Comentei no post O Mundo sofreu um infarto que acredito que o “próximo Google” vai sair da área de biotecnologia/biomedicina, área que trabalha muito com o lado prático da tecnologia. Questão importante em tempos de crise.
Tecnologia que resolva problemas imediatos e seja prática para mim, para o meu vizinho, para a minha mãe, para o cara que trabalha ao meu lado e para os meus filhos, como uma vacina que seja uma espécie de colante.
No entanto, mesmo com a internet, que reduz a escassez de espaço para publicação de informação, ainda é raro ver algum site de notícias brasileiro dedicar alguns kbytes constantes ao assunto. Justamente por ter esse potencial de resolver “problemas universais” e produzir tanta pauta (as pesquisas são constantes) é uma área que deveria ter um pouco mais de destaque no noticiário.
Esse cenário é ainda mais contraditório no Brasil. Depois da produção de aeronaves (Embraer), uma das ramificações do setor de tecnologia em que o país mais se destaca lá fora é justamente na área de biotecnologia, por meio de suas pesquisas de mapear genomas e de produzir sementes modificadas.
Crédito da foto: sachapohflepp
Deixe uma resposta para Julio Beltrão Cancelar resposta