Zé fini para o termo Web 2.0

funeral

No post “A morte da Web 2.0”, o blog Techcrunch abordou, neste final de semana, um assunto que já foi comentado aqui, no blog – o termo Web 2.0 está cada vez mais em desuso.

Qualquer hora, aparece naquela lista do site Save The Words, do Dicionário Oxford, dedicado a salvar da extinção alguns termos em inglês.

O termo sempre foi considerado redundante por especialistas. O jargão tratava a colaboração na rede como novidade e ignorava um texto histórico de Tim Berners Lee, lá de 1989,  que já falava que uma das características, ou poderes, da tecnologia, do uso da web para propagar conteúdo, era a colaboração.

Outro jargão acadêmico e de mercado que não dou muito tempo para sair de moda é “mídias sociais”. O post do Techcrunch não comenta isso, mas a expressão, na prática, veio substituir o termo Web 2.0.

Refere-se a “plataformas que permitem a disseminação de conteúdos digitais de forma descentralizada, autônoma e colaborativa tecnologicamente”, conforme o pesquisador e professor da Fundação Cásper Líbero Walter Lima a conceituou.

Neste sentido, a expressão “mídias sociais” surgiu mais para delinear um espaço, fazer um contraponto às chamadas mídias tradicionais, que não permitem a disseminação de conteúdo de forma colaborativa e autônoma (e, como consequência e semelhante ao termo Web 2.0, o jargão ajudou a fomentar um mercado de consultoria, palestras e livros de auto-ajuda empresarial).

Porém, na hora que você vê um jornal impresso, uma emissora de rádio e TV, mídias tradicionais, liberarem o acesso público a sua API, a trabalhar de forma aberta com redes sociais e, por outro lado, sites que começaram como blogs (The Huffington Post) se tornarem portais, com uma gestão muito parecida a de organizações de mídias tradicionais, fica difícil diferenciar mídias sociais de tradicionais.

No final (e ainda bem), a tendência é que não haja diferenças e tudo seja simplesmente chamado de “Web” e de “Mídia”.

19 respostas para “Zé fini para o termo Web 2.0”.

    1. @Luisa

      Opa, obrigado pela dica. Interessante.

      Curtir

  1. […] que hoje estou postando sobre termos que estão em risco de extinção, olha o que Clay Shirky, tecnólogo e professor da Universidade de Nova York , falou em entrevista […]

    Curtir

  2. Apenas semântica não?

    Importante mesmo são as aplicações cada vez mais interessantes que nascem a cada dia. Idéias fantásticas como o Animoto.com mostram a força das apps sejam elas rotuladas de Web 2.0, 3.0, X.0… 🙂

    Curtir

    1. @Horacio Poblete

      Sim é uma questão mais de semântica. Não tira a importância dessas aplicações e do que muita gente tem feito na área.

      Curtir

  3. Na mosca. Em breve, toda a mídia terá de ser social, aberta ao público. A que não for, corre o risco de deixar de ser mídia.

    >
    No final (e ainda bem), a tendência é que não haja diferenças e tudo seja simplesmente chamado de “Web” e de “Mídia”.

    Curtir

  4. @Evandro de Assis

    Opa, Evandro, a idéia é essa mesma.

    abs

    Curtir

  5. […] O Tiago Dória fez um texto muito legal sobre um possível fim do termo Web 2.0. A explicação é que o termo sempre foi considerado redundante por muitas pessoas, já que Tim Berners Lee, em 1989, já dizia que um dos poderes da web seria a colaboração. […]

    Curtir

  6. Web 2.0 pode ser o termo que signifique a colaboração na web, mas acredito que este é mesmo o futuro da internet, porque se não for, não tem muito sentido ela existir. Então. concordo, mais pra frente será apenas web ou mídia.

    Curtir

  7. […] que chama a atenção já que Obama bateu tanto na tecla da chamada Web 2.0 (aviso: termo em sério risco de extinção), que tem como um dos ícones o […]

    Curtir

  8. […] (para não utilizar o termo 2.0, que muitos já afirmam estar com os dias contatos, como cita o Tiago Dória em seu blog), com várias promoções e outras surpresas. Será o início do […]

    Curtir

  9. Avatar de Alexandre Magno
    Alexandre Magno

    Infelizmente acho a visão do Tiago Dória exageradamente otimista em relação a transformação das mídias tradicionais. Enquanto houver uma pessoa ou uma única família dona de um jornal, TV e Rádio o conteúdo será controlado por essas pessoas. No Brasil, a concentração de poder da mídia é enorme. O que a WEB pode fazer é ser um contraponto disso e diminiuir a audiência (e poder) deles.

    Curtir

  10. […] Diante da invasão de redes sociais que ninguém além do criador e a mãe do criador usam, slides de uma palestra sobre os motivos pelos quais você deve ter um website, contrapondo alguns conceitos da “web 2.0″ (termo em extinção). […]

    Curtir

  11. […] Tiago Doria (Em português, com muitos links e informações interessantes) […]

    Curtir

  12. […] começo de 2008, auge da chamada Web 2.0 (aviso: termo em sério risco de extinção), seu livro soou como um alerta, uma reação, numa […]

    Curtir

  13. […] que Luciano Huck já era famoso antes do advento da Web 2.0 (termo que já está sendo extinto também), mas, se ele não entrasse nessa “onda”, […]

    Curtir

Deixe uma resposta para alexandretaz (alexandretaz) Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados *