
Por mim, fila era um negócio que deveria ter sumido com a digitalização dos conteúdos e a passagem de muitas atividades do dia-a-dia para o ambiente dos computadores.
Mas mesmo na internet, elas existem. A fila para esperar que o seu vídeo seja convertido e suba no YouTube e a fila de convite para testar uma ferramenta em fase beta são apenas algumas delas.
Pesquisadores do MIT resolveram estudar o assunto, o “fenômeno das filas”. Richard Larson, pesquisador do Instituto, passou 20 anos estudando as filas e falou um pouco sobre o seu trabalho, quando foi entrevistado pela CNN na semana passada.
O foco de sua pesquisa é sobre o que faz as pessoas perderem a calma nas filas e como tornar a experiência de ficar à espera de sua vez menos tediante.
Existem diversas dicas para eliminar o tempo vazio entre entrar na fila e ser atendido. No entanto, há três regrinhas básicas, puro bom senso, que devem ser seguidas sempre, em qualquer tipo de fila, mesmo na internet.
=> Informar a pessoa quanto tempo ela vai ficar na fila. Na maioria dos casos, torna a experiência de ficar em uma fila menos desagradável. O Vimeo, por exemplo, informa quanto tempo você vai esperar na “fila de uploads” para que o seu vídeo entre no ar.
=> Separar o tipo de fila. Uma pessoa que vai comprar apenas 1 ingresso para um camarote não gostaria de ficar na mesma fila de uma pessoa que vai comprar 10 para a arquibancada. Nos supermercados, isso é mais evidente com a criação dos caixas rápidos, feitos para quem vai levar poucos produtos.
=> O primeiro a chegar deve ser o primeiro a ser atendido. Essa é a mais importante e óbvia, uma regra que não deve ser quebrada jamais, garante o funcionamento perfeito de uma fila.
Mas como quase tudo, ficar à espera de sua vez não é somente algo negativo. Faz parte do convívio humano e, como diz a pesquisa, para funcionar é algo que deve ter um forte senso de justiça social. Todos devem ter direitos iguais e a sensação de esperar o mesmo tempo na fila.
Ou pensando bem, fila pode ser uma ótima forma de promoção pessoal. Greg Packer, o primeiro na fila do iPhone em Nova York, que o diga. Depois de ser tema de matérias nos principais jornais do mundo, ele já é reconhecido por aí como o “cara da fila do iPhone“.
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