"Integração entre mídias" é a grande vencedora das eleições nos EUA

Arianna Huffington, do site político The Huffington Post, disse que a internet foi a grande vencedora nestas eleições presidenciais nos EUA.

Discordo dela em parte, não foi a internet por si só, mas uma integração estratégica entre internet e TV. Nenhuma mídia tem a capacidade de decidir uma eleição sozinha.

Antes de tudo, Obama utilizou a rede para mobilizar seus militantes a arrecadar doações para a sua campanha, para depois ter mais dinheiro para anunciar mais na TV.

Por si só, de nada adiantaria o candidato arrecadar tanto dinheiro na web. Assim como, a campanha sozinha na TV não se sustentaria sem a arrecadação e mobilização na web.

É essa estratégia de usar a internet casada com outras mídias que foi a grande vencedora. De pensar estrategicamente como a internet pode ser utilizada em uma campanha que envolve TV, rádio e impresso.

Utilizar plataformas de redes sociais, blogs, YouTube, Twitter, foi apenas consequência dessa estratégia. E não ponto de partida.

Não é de hoje que casar mídia é vencedor. Não é preciso pesquisar muito para exemplificar isso.

Quais foram os últimos grandes produtos/projetos na área de comunicação e de entretenimento? Heroes, Lost, iReport etc. Ou seja, justamente os que trabalham com a estratégia de integrar mídias, como um círculo, cada uma reforçando a outra.

E a campanha do Obama foi bem por aí.

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11 respostas para “"Integração entre mídias" é a grande vencedora das eleições nos EUA”.

  1. Muito legal a sua análise. Concordo com você e também considero a internet como um forte elemento para a potencialização de um produto/marca, quando enquadrada em um planejamento adequado. É um forte meio, que funciona como apoio e sustentação de uma campanha também realizada em outras mídias. O que Obama fez e conseguiu merece toda atenção.

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  2. Muito bem colocado Tiago. Evangelistas em geral, colocam a Web como o centro de tudo. E não é por aí. Sou da mesma opinião de que a integração das mídias é fundamental.

    Abcs

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  3. Realmente, é compreensível como a campanha do Obama seja vista como um ícone de publicidade online, mas se pararmos pra pensar também podemos vê-la como uma espécie de renascença do uso da TV.

    Na mesma medida em que a internet permite maior profundidade e comunicação one-to-one (no caso dele one-to-one-to-one-to-one-to-one), a TV guarda um forte componente de socialização analógica: as pessoas assistem juntas, comentam, trocam idéia no sofá. No Convergence Culture do Henry Jenkins, esse é colocado como um fator fundamental no sucesso do American Idol.

    Pra não falar da “mística” da TV, ainda forte apesar de erodindo. Meia hora direto na TV ainda tem um apelo psicológico mais forte do que meia hora na internet. Todo mundo sente que é uma ação de peso. Qualquer um coloca um vídeo de meia hora no YouTube, mas não é qualquer um que entra em rede por meia hora na TV.

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  4. @Gustavo

    O seu comentário está perfeito. Acho que você tocou num tópico certo: “uma espécie de renascença do uso da TV”.

    abs,

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  5. Obrigado, Carol e Rodrigo!

    abs

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  6. Perfeito, Thiago! É só lembrar do anúncio de 30 minutos do Obama; em nenhum momento, ele menosprezou a TV.

    []`s

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  7. […] Tiago Dória e Carlos Merigo, do Brainstorm#9, também falaram a respeito. Não há dúvidas de que a Internet foi um player fundamental na campanha de Obama. Com o auxílio da Web, Obama arrecadou grande parte do dinheiro que foi investido para a compra dos milionários minutos nas principais redes de televisão para dar o último discurso. […]

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