O processo eleitoral nos EUA está sendo uma vitrine para o uso de novos formatos e ferramentas por parte de grandes empresas de comunicação. Bom para quem gosta de acompanhar essas transformações.
Em agosto, a convenção democrata nos EUA mostrou para onde caminham a cobertura de grandes eventos, onde estão presentes empresas com presença na web, TV e impresso.
Nesta semana, para a cobertura das eleições nos EUA e em seu projeto HaveYourSay, soube que a BBC passou a utilizar o Qik, serviço que permite fazer transmissões ao vivo de vídeo com o celular.
A idéia é utilizar a ferramenta para colher depoimentos rápidos sobre as eleições nas ruas – o que você espera dos políticos, o que achou do debate. O uso de um celular é bem menos intimidador do que chegar com uma equipe inteira de TV.
Além disso, a proposta é estar quase onipresente. Pessoas com celulares existem em vários lugares, mas equipes de TV, não. Ou seja, existe até uma questão de logística por trás.
Presença na web e qualidade melhor de imagem
O material bruto é transmitido ao vivo e postado no perfil da emissora no Qik. Depois, o conteúdo editado vai para o site da BBC.
Um dos grandes empecilhos para grandes emissoras não usarem imagens feitas com o celular sempre foi a questão da qualidade de imagem, mesmo que ela fosse publicada apenas em seu site.
Pelo visto, esse preconceito está acabando até por que a qualidade das câmeras e dos vídeos feitos com o celular vem melhorando.
Em julho, a Revista Variety e o portal espanhol ADN também passaram a utilizar o Qik para transmitir ao vivo entrevistas e informações direto das ruas em seu site.
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