

Via BoingBoing, blogueiros montaram um tumblr com imagens da crise.
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Via BoingBoing, blogueiros montaram um tumblr com imagens da crise.
Olhar para essa crise é como ver uma tormenta de longe chegando. Essas fotos é a imagem do desespero, interessante entrei no blog hoje procurando por algo do tipo.
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Demétrio,
Provavelmente vc não trabalha em banco e nem conhece ninguém que trabalhe!
A Crise já é uma realidade no Brasil !!!
Algo tem que ser feito, a economia do Pais está parando, ninguém compra, ninguém vende ninguém cede credito, só o nosso Presidente que não viu isso !!!
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Eu tenho negócios no Brasil, mas moro nos EUA e não trabalho aqui, só recebo a renda dos meus negócios. Esta crise está sendo um desespero puro para mim, com a alta do dólar eu já perdi quase 50% da minha renda… E as coisas por aqui só subindo de preço…
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Esses semblantes representam mesmo e, muito bem, o tamanho e a gravidade da crise. Puxa, Carol, que apuro hein! Hoje, pelo menos, o dólar caiu um pouco! Vamos torcer por melhoras!
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Que memória curta tem o brasileiro pois já passamos por períodos bem piores com a crise do petróleo, inflacionária e de alimentos nem por isso ninguém saiu em defesa daqueles que estavão passando fome. Hoje em dia quem esta perdendo ate agora é especulador e banqueiro e estamos preocupados e aflitos por algo que poderá acontecer. Vamos viver um dia de cada vez vamos produzir e comercializar que é o que sempre fazemos em nossas crises interna.
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Essa “crise” da economia financeira é bastante diferente do desdobramento da vida real e da economia real da maioria de brasileiros, não há o que temer, os mercados ajustam-se e quando este ajuste chegar, o Brasil estará numa posição econômica relativa muito melhor no cenário econômico mundial. Resta aos brasileiros aproveitarem as oportunidades que crises oferecem. Os mercados se ajustam mas as pessoas, não. Os mercados favorecem aqueles que antecipam suas virtudes. Estes, que enxergam na crise uma oportunidade, serão privilegiados no futuro. Quanto ao Brasil, não tenho dúvida: vai sair maior do que agora perante o resto do mundo, em termos econîcos, quando a poeira voltar a sentar. levará tempo, talvez 3 anos, mas aguardem o Brasil: vai bombar e o único problema nosso será distribuir melhor a renda e curar nosso pior mal: a desigualdade.
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Pra quem tem algum interesse ou quer entendê-la, aí vai uma explicação de forma bem didática sobre a crise da economia americana. Com essa história do Paul, dá pra gente entender o que está acontecendo… e a coisa tá feia!!!
A CRISE DA ECONOMIA AMERICANA
Paul comprou um apartamento, no começo dos anos 90, por 300.000 dólares financiado em 30 anos. Em 2006 o apartamento do Paul passou a valer 1,1 milhão de dólares. Aí, um banco perguntou pro Paul se ele não queria uma grana emprestada, algo como 800.000 dólares, dando seu apartamento como garantia. Ele aceitou o empréstimo, fez uma nova hipoteca e pegou os 800.000 dólares.
Com os 800.000 dólares. Paul, vendo que imóveis não paravam de valorizar, comprou 3 casas em construção dando como entrada algo como 400.000 dólares. A diferença, 400.000 dólares que Paul recebeu do banco, ele se comprometeu: comprou carro novo (alemão) pra ele, deu um carro (japonês) para cada filho e com o resto do dinheiro comprou tv de plasma de 63 polegadas, 43 notebooks, 1634 cuecas. Tudo financiado, tudo a crédito. A esposa do Paul, sentindo-se rica, sentou o dedo no cartão de crédito.
Em agosto de 2007 começaram a correr boatos que os preços dos imóveis estavam caindo. As casas que o Paul tinha dado entrada e estavam em construção caíram vertiginosamente de preço e não tinham mais liquidez…
O negócio era refinanciar a própria casa, usar o dinheiro para comprar outras casas e revender com lucro. Fácil….parecia fácil. Só que todo mundo teve a mesma idéia ao mesmo tempo. As taxas que o Paul pagava começaram a subir (as taxas eram pós fixadas) e o Paul percebeu que seu investimento em imóveis se transformara num desastre.
Milhões tiveram a mesma idéia do Paul. Tinha casa pra vender como nunca.
Paul foi agüentando as prestações da sua casa refinanciada, mais as das 3 casas que ele comprou, como milhões de compatriotas, para revender, mais as prestações dos carros, as das cuecas, dos notebooks, da tv de plasma e do cartão de crédito.
Aí as casas que o Paul comprou para revender ficaram prontas e ele tinha que pagar uma grande parcela. Só que neste momento Paul achava que já teria revendido as 3 casas mas, ou não havia compradores ou os que havia só pagariam um preço muito menor que o Paul havia pago. Paul se danou. Começou a não pagar aos bancos as hipotecas da casa que ele morava e das 3 casas que ele havia comprado como investimento. Os bancos ficaram sem receber de milhões de especuladores iguais a Paul.
Paul optou pela sobrevivência da família e tentou renegociar com os bancos que não quiseram acordo. Paul entregou aos bancos as 3 casas que comprou como investimento perdendo tudo que tinha investido. Paul quebrou. Ele e sua família pararam de consumir…
Milhões de Pauls deixaram de pagar aos bancos os empréstimos que haviam feito baseado nos preços dos imóveis. Os bancos haviam transformado os empréstimos de milhões de Pauls em títulos negociáveis. Esses títulos passaram a ser negociados com valor de face. Com a inadimplência dos Pauls esses títulos começaram a valer pó.
Bilhões e bilhões em títulos passaram a nada valer e esses títulos estavam disseminados por todo o mercado, principalmente nos bancos americanos, mas também em bancos europeus e asiáticos.
Os imóveis eram as garantias dos empréstimos, mas esses empréstimos foram feitos baseados num preço de mercado desse imóvel… Preço que despencou. Um empréstimo foi feito baseado num imóvel avaliado em 500.000 dólares e de repente passou a valer 300.000 dólares e mesmo pelos 300.000 não havia compradores.
Os preços dos imóveis eram uma bolha, um ciclo que não se sustentava, como os esquemas de pirâmide, especulação pura. A inadimplência dos milhões de Pauls atingiu fortemente os bancos americanos que perderam centenas de bilhões de dólares. A farra do crédito fácil um dia acaba. Acabou.
Com a inadimplência dos milhões de Pauls, os bancos pararam de emprestar por medo de não receber. Os Pauls pararam de consumir porque não tinham crédito. Mesmo quem não devia dinheiro não conseguia crédito nos bancos e quem tinha crédito não queria dinheiro emprestado.
O medo de perder o emprego fez a economia travar. Recessão é sentimento, é medo. Mesmo quem pode, pára de consumir.
O FED começou a trabalhar de forma árdua, reduzindo fortemente as taxas de juros e as taxas de empréstimo interbancários. O FED também começou a injetar bilhões de dólares no mercado, provendo liquidez. O governo Bush lançou um plano de ajuda à economia sob forma de devolução de parte do imposto de renda pago, visando incrementar o consumo porém essas ações levam meses para surtir efeitos práticos. Essas ações foram corretas e, até agora não é possível afirmar que os EUA estão tecnicamente em recessão.
O FED trabalhava. O mercado ficava atento e as famílias esperançosas. Até que na semana passada o impensável aconteceu. O pior pesadelo para uma economia aconteceu: a crise bancária, correntistas correndo para sacar suas economias, boataria geral, pânico. Um dos grandes bancos da América, o Bear Stearns, amanheceu, na segunda feira última, quebrado, insolvente.
No domingo o FED, de forma inédita, fez um empréstimo ao Bear, apoiado pelo JP Morgan Chase, para que o banco não quebrasse. Depois disso o Bear foi vendido para o JP Morgan por 2 dólares por ação. Há um ano elas valiam 160 dólares. Durante esta semana dezenas de boatos voltaram a acontecer sobre quebra de bancos. A bola da vez seria o Lehman Brothers, um bancão. O mercado e as pessoas seguem sem saber o que nos espera na próxima segunda-feira.
O que começou com o Paul hoje afeta o mundo inteiro. A coisa pode estar apenas começando. Só o tempo dirá.
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muito boa a explicação do Rafael. parabéns.
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Séria interessante que os analistas ao invés de aprofundarem o economês nas análises que fazem sobre a crise economica , passassem a fazer suas análises de forma objetiva e ao nivel de entendimento do grande publico, quer para que todos entendesse a origem , o porque de toda essa crise e dos passos que estão sendo dado ou darão visando, senão sanar, pelo menos minorar seus efeitos.
Analisando de forma objetiva e clara os reflexos e consequência en nossa ecnômia , previsão de solução etc.
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Dados do Technorati, maior indexador de blogs do mundo, mostram como o assunto “crise financeira” explodiu na blogosfera nos últimos dois meses. Veja uma comparação (com gráficos) do número de postings em português e inglês elaborada pelo Blog “Coisas da Suíça”:
http://coisasdasuica.swissinfo.ch/?rss=blog&p=146
Abs.
Geraldo
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Ótimos comentários; acho que algumas pessoas andam se desesperando demais, a crise financeira não é apenas um male pode ser visto do lado positivo; por exemplo, graças ao juros altos do Brasil nao teremos tanta dificuldade de sair dessa melhor do que qualquer outro pais.
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horrível história do paul, ou dos pauls, porque essa mesma história horrível está acontecendo aqui no brasil com as marias e os joaõs e o governo ainda insiste em dizer que a crise não chegou no brasil, e agora para ajudar veio a gripe suína, que deus nos proteja.
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