
Foto: Renato Targa
1) Danah Boyd ao comentar as dinâmicas existentes nas plataformas de redes sociais
Persistência ou perenidade do conteúdo, ser replicável, ter escala, ser “buscável”, audiência invisível [você se relacionar com uma audiência que não vê]. O que, na verdade, não são dinâmicas das redes sociais, mas da web. Qualquer conteúdo produzido ou distribuído nela tem essas características. Aliás, qualquer pessoa que produza conteúdo na rede tem que ter em mente essas dinâmicas básicas.
Em palestras, sempre comento essa questão da perenidade das informações, uma das principais diferenças do jornalismo praticado na rede. Hoje o jornalista trabalha em um ambiente onde as informações/notícias têm perenidade, não morrem mais.

2) A busca incessante por modelos de negócios, métricas e relacionamento
Durante todo o evento, o que deu para notar é que todos estão em busca de modelos de negócios e métricas para a internet. Sem querer ser pessimista, mas acredito que ainda vamos ficar buscando por um bom tempo.
Primeiro porque estamos lidando com uma tecnologia inacabada. Diferente da TV, que é uma tecnologia acabada e já tem modelos de negócios, métricas e formatos consagrados
Segundo, talvez nunca tenhamos um modelo. Modelo é coisa da sociedade industrial, você criar um modelo para depois replicar não sei quantas vezes. Talvez, na sociedade que está se formando, baseada em informação, nunca tenhamos um modelo principal como muitos estão em busca.
O engraçado nisso tudo é a tentativa das empresas de querer medir relacionamento em redes sociais por meio de números, o que, a meu ver, não faz muito sentido.
Basta ver o lado das assessorias de imprensa. Uma empresa não deve criar ou contratar uma assessoria de imprensa pensando em aumentar vendas, mas sim em criar relacionamento, diálogo com a imprensa.
Relacionamento que, muitas vezes, demora a ser criado. Mesma coisa se aplica às empresas que querem entrar em redes sociais. Deve ser pelo relacionamento e diálogo.
E como todo relacionamento ele não pode ser mensurado apenas por números. Imagina mensurar o seu namoro ou casamento por: nos beijamos 989 vezes, saímos 500 vezes, demos 450 risadas, transamos 265 vezes, ela [ou ele] disse não sei quantas vezes “eu te amo”.
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