Celular para arrancar declarações dos mais tímidos e arredios


Mais discreto e direto: blogueiro Scoble usa o N95 para fazer entrevistas

Debates sobre o quanto os aparelhos móveis podem ser ferramentas para fazer um melhor jornalismo quase sempre acabam em apenas teoria. Não é à toa, são poucas as empresas que praticam o que seria o chamado “mobile journalism”.

Tammy Haddad, consultora de mídia da revista Newsweek, mostra na prática o quanto utilizar esses equipamentos pode ser positivo para o jornalismo. Ela mesmo está usando uma Sanyo para gravar reportagens em vídeo para a revista.

Segundo ela, gravar entrevistas com câmeras de mão ou celulares com câmeras de vídeo é melhor para arrancar declarações de fontes tímidas ou arredias à imprensa.

É menos intimidador do que chegar com uma equipe de TV, formada por câmera, repórter e assistente.

Realmente, isso é um aspecto fácil de notar. Falo por experiência própria. Ao gravar com o N95 os videocasts para o blog e para um outro projeto, percebo que as pessoas ficam mais tranquilas para dar entrevista do que se eu chegasse com uma equipe de TV completa.


Kit Mobile da Reuters

Mas acredito que existe um porém nisso. Para fontes que adoram dar entrevistas para equipes de TV – promotores e ex-big brothers, por exemplo – talvez não seja, em um primeiro momento, tão interessante [para eles] dar entrevista para uma pessoa com um celular na mão.

No entanto, segundo Haddad,  existe um outro benefício prático para o jornalismo no uso desses gadgets. Com esse tipo de equipamento você pode intervir menos no fato, a presença do repórter é mais discreta.

Quem trabalha ou já trabalhou com TV sabe o que acontece quando você liga a câmera em um evento. E um repórter com uma câmera de mão ou um celular é bem mais discreto.

Por isso, que, dependendo da pauta da matéria, é mais negócio mandar um repórter com um celular do que uma equipe de vídeo inteira.

Aproveitando o assunto, vocês já viram que o portal do jornal ADN, da Espanha, está utilizando o Qik para fazer transmissões ao vivo de vídeo direto do celular? Eles estrearam oficialmente a integração com o serviço durante a final da Eurocopa, que teve a seleção da Espanha como vencedora.

Já que a intenção não era fazer uma reportagem com começo, meio e fim, mas apenas mostrar, de imediato, o clima das comemorações nas ruas, nada mais inteligente do que o repórter do portal, que já está na rua, sacar o seu celular N95 e começar a fazer as transmissões ao vivo.

Olha aí embaixo os espanhóis comemorando, direto do Qik do ADN.

http://qik.com/player.swf?streamname=e226c7969f904068b9fa65fb5cf304b5&vid=117483&playback=false&polling=false&user=adnes1&userlock=true&islive=&username=anonymous

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7 respostas para “Celular para arrancar declarações dos mais tímidos e arredios”.

  1. […] 30, 2008 · Não Há Comentários Debates sobre o quanto os aparelhos móveis podem ser ferramentas para fazer um melhor jornalismo quase sempre acabam em apenas teoria. Não é à toa, são poucas […]

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  2. […] a utilizá-la antes mesmo do portal espanhol ADN, que comentei na semana […]

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  6. […] sobre as eleições nas ruas – o que espera dos políticos, o que achou do debate. O uso de um celular é bem menos intimidador do que chegar com uma equipe inteira de […]

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