Tremedeira na web

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Tremor foi de 5,2 graus na escala Richter

Na hora, estava no computador, checando alguns emails, antes de sair para um evento. A meu ver, foram, mais ou menos, 15 segundos. Percebi na hora em que um lápis em minha mesa começou a balançar. Não foi bem um “terremoto”, mas chamou a atenção. Estava no bairro do Sumaré, em São Paulo.

Diferente da tragédia do vôo JJ 3045, que marcou a estréia do jornalismo participativo no Brasil, neste caso, a participação do usuário foi um pouco mais tímida.

O serviço de microblogging Twitter foi o primeiro a registrar as reações, que variavam entre pessoas que sentiram o leve terremoto a outras que não. O usuário rickmiraldo postou minutos após o tremor – Terremoto aqui em SP!!! *meeeedo* e o Rodrigo Correia comentou: Terremoto em São Bernardo? O chão tremeu aqui em casa!

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Estampas da tremedeira. Foto de Fabio Rex

Outros usuários se resumiram a enviar links de notícias dos principais sites de notícias do Brasil. No final, a maioria levou na brincadeira e até estampas de camisetas foram feitas. Comunidade no Orkut não faltou.

A utilização do Twitter lembrou muito a do terremoto que aconteceu no México, em 2007, quando o serviço serviu mais para registrar essas reações iniciais.

Na parte de blogs, o Urbanistas fez a melhor cobertura. Entrou em esquema de liveblogging e reuniu diversos depoimentos nos comentários.

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São Paulo reuniu a maioria dos relatos

Sites de notícias brasileiros, em sua maioria, receberam depoimentos por email de leitores. Todos os portais pediram para que os usuários enviassem relatos, o que já está virando praxe nestes casos.

Flickr com algumas fotomontagens relacionadas ao terremoto. E o YouTube se resume a reportagens do noticiário noturno na TV e alguns vídeos que aparentam ser fakes, além de interessantes depoimentos de algumas pessoas.

A ausência de fotos é até explicada – o tremor foi leve, não ocorreram muitos danos que merecessem registro de imagens.

Em resumo, o Twitter foi o grande destaque. Conseguiu registrar em primeira mão as informações e as reações das pessoas. O que não é nenhuma surpresa.

O serviço de microblogging pode ser atualizado via duas coisas que estão quase sempre ao nosso lado – celular e IM. Então, é natural que ele registre as informações primeiro, antes mesmo dos blogs e sites de notícias.

Por aí, a gente vê a importância de qualquer serviço de publicação de conteúdo ter uma boa integração mobile e via IM.

Post relacionado:
Tragédia marca estréia do jornalismo participativo no Brasil

19 respostas para “Tremedeira na web”.

  1. […] Tiago Dória: tremor repercute em blogs, Twitter e Orkut […]

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  2. E o aviao da Tam na parede? medo

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  3. @Mano

    Também reparei nessa foto

    abs

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  4. tambem voce mora perto do aeroporto

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  5. 15 segundos é foda..!!

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  6. as principais fontes da cobertura jornalística do iG foram os internautas. “Nunca antes na história desta internet” tantos leitores se manifestaram e pautaram tantas manchetes. Parabéns a todos, e muito obrigado

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  7. pf quem tiver orkut entrem ai na minha comu terremoto em SPeu sobrevivi vlw
    http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=50547553

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  8. eu moro em são caetano do sul

    eu estava asistindo a novela quando comesçou

    a tremer achei que fose aminha filha mas ela estava na cama dela , eu falei para gleice ela disse eu estou na minha cama, foi muito ruim, vamos rezar pra que não aconteça mais.

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  9. Realmente uma situação inusitada, eu particularmente não percebi. Os treme tremes de sampa que se cuidem …Copaaaaaaam

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  10. É impressionante como se cria ferramentas para se utilizar no Twitter. Você pode, por exemplo, pesquisar dois termos no microblog: http://nanomidia.wordpress.com/2008/04/23/pesquisa-instantanea-no-twitter/

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  11. Tava em Sorocaba, minha terrinha. Tava semi-deitado na cama com o laptop no colo quando senti o tremor de terra. A primeira coisa que fiz foi twitar! heheheeh

    A questão é. Na hora em que quis saber o que estava acontecendo, acabei indo pro site do Terra e do Uol, mesmo tendo uma certa aversão pelas notícias que circulam lá. Ou seja, em que lugar está a agência jornalistica independente? Em que lugar alternativo entro para encontrar a informação de que um terremoto realmente havia acontecido…?

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  12. http://twitter.com/richieri/statuses/794699402

    A propósito, como será que faço pra ver o horário de uma “twitada”? Alguém sabe?

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  13. Na hora, estava em casa, começando o Descarga MTV, e notei que uma malinha na estante estava tremendo legal. Nem liguei, pensei que pudesse ser um bicho (uma borboleta, uma barata) atrás, se mexendo. E fui ver o Mion.

    Depois soube que foi um terremoto. Louco!

    Mas é um assunto que estão, de forma exagerada e desproporcional, espichando muito. Aí surgem histórias do tipo: “saí correndo”, “tive uma crise nervosa”, “apareceu uma rachadura”, “caiu tudo no chão”, “saí correndo e acidentalmente pisoteei a minha sogra” etc…

    Lembra um pouco aquela celeuma toda sobre o Cometa Halley (1986) e no final… que bobeira… não era nada… não deu para ver nada! Tomara que aquele cometa estelionatário já tenha se arrebentado por aí! E pior que o safado leva mais de 70 anos para voltar…

    Bom, e se tiver outro terremoto? O jeito é seguir o conselho da… hã… Ministra: relaxar e gozar!

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  14. […] especialistas, se o terremoto fosse um pouco mais forte, a cidade certamente teria prejuízos. O Tiago Dória resumiu bem como a internet foi usada para propagar informações rapidamente. Twitter, blogs, Orkut… a […]

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  15. Apesar de muitas coisas ditas, até por especialistas na área, o tremor ocorrido na cidade de São paulo não foi provocado por placas tectônicas, e sim por uma coincidência, moradores da cidade simultanêamente começaram a dança do Creu no level 5, atingindo o seu ápice, e atingindo o gráfico no grau 5.2 na escala. sinto muito mas isso não passou de mais uma coisa ‘boa’ que o (novo) funk carioca traz para são paulo.

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  16. Resumindo, não merece um “Cobertura Terremoto em SP” em “Especiais” na coluna da direita 😉

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  17. Bem lembrado, Leandro. Valeu 🙂

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  18. […] Veja também: Tremedeira na web em abril de 2008 […]

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