Primeiro "blogueiro de guerra" dá entrevista para a Wired

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A Wired traz uma entrevista com Kevin Sites, um dos primeiros “blogueiros de guerra”. Kevin representa o que chamam de “sojo” ou “solo journalist”, profissional que, apoiado no uso das novas tecnologias, trabalha sozinho.

Ou ainda – “backpack journalism” – realiza as coberturas sozinho e anda por aí com uma mochila repleta de equipamentos – câmera, filmadora, laptop e telefone via satélite.

Conheci o trabalho de Kevin em 2005, quando ele foi contratado pelo Yahoo! e o seu blog transferido para o portal. Antes ele cobriu a Guerra no Iraque para a NBC News.

Na época, as imagens da execução de um iraquiano desarmado e ferido numa mesquita de Falluja por um Marine ganharam repercussão na rede. Sua cobertura sempre chamou a atenção por ser muito ágil.

O único problema de Kevin Sites com o seu blog são os anunciantes. Dificilmente, uma empresa quer se associar a imagens de guerra e outros tipos de conflitos ao redor do mundo.

Depois de 4 anos fazendo esse tipo de cobertura sozinho, quase em “tempo real” e apoiado nas novas tecnologias, Kevin chega a uma conclusão: uma reportagem deve se focar nos danos causados por uma guerra e não no combate em si. Um combate dura alguns segundos, minutos e até dias, mas os efeitos ficam por gerações.

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5 respostas para “Primeiro "blogueiro de guerra" dá entrevista para a Wired”.

  1. essa dica do Sites poderia ser aplicada a cobertura que a grande midia faz da guerra do trafico no RJ…

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  2. Yep, Bruno! Faz todo sentido

    abs

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  3. O motivo pelo qual warblogs fazem sucesso lá fora reside no fato de que a proteção à imprensa em uma zona formalmente militarizada é tão institucionalizada quanto a guerra que ali vigora. Aqui no Rio, porém, mal temos instituições para chamarmos de nossa, tampouco condutas formalizadas para a imprensa tradicional. Não temos uma ONU mediadora, ou uma Fenaj influente. Temos, ainda, monopólio de mídias que não representam a totalidade da sociedade. Temos notícias que são veiculadas para causar comoção. Peitar essa estrutura é um luta tão inglória quanto subir o morro sem a proteção das regras básicas do jornalismo de conflito.

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