
O Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, abraçou o uso das mídias sociais de tal forma nesta ano que servirá de referência para outros eventos, inclusive aqui, no Brasil.
Primeiro, foi a lista de entrada que mudou. Blogueiros, conhecidos e de primeira linha, tiveram trânsito livre nos bastidores e trouxeram muitas informações.
Teve desde o Robert Scoble, que acabou fazendo entrevistas exclusivas com CEO’S e presidentes de bancos, até Jeff Jarvis, do Buzz Machine, que aproveitou para flagrar David Gergen, ex-conselheiro da Casa Branca, dançando na festa da Google, que aconteceu paralela ao Fórum.

Antes fechados, almoços e jantares puderam ser filmados
Depois, foi montada uma sala onde os participantes do Fórum Econômico eram convidados a responder a “Questão de Davos”. As respostas estão aqui, no YouTube, e abertas a comentários de qualquer pessoa.
E tem mais – foi criado o Davos Conversation, que agregou todas as informações que estavam sendo produzidas sobre o evento em ambientes colaborativos, como blogs, Flickr, YouTube, Second Life e Twitter.
Aliás, vocês já perceberam que, na cobertura desses eventos, um novíssimo serviço sempre acaba se destacando. Em 2006, foi o YouTube. Depois o Twitter. Desta vez, apareceu o Qik, um site que permite fazer streaming de vídeo direto do celular. Sem muita complicação, você pode transmitir ao vivo um evento usando o telefone móvel.

Em sua cobertura, Scoble foi quem mais usou o streaming pelo celular
Com essas modificações, que já vinham desde a edição do ano passado, de certa forma, o Fórum de Davos ficou menos sisudo e distante, se abriu para as mídias sociais e ficou mais interessante acompanhar a cobertura. Serve de exemplo para outras conferências, sejam pequenas ou grandes, sobre economia, internet ou qualquer outro assunto.

Bastidores: Michael Arrington, do Techcrunch, puxando um ronco em Davos
Os mais relevantes eventos caminham para serem aqueles capazes de proporcionar o melhor ambiente para networking. Talvez seja por causa disso que a Barcamp, que se foca muito mais na troca de experiências do que em agendas e grandes nomes, seja um modelo de conferência que começa a fazer tanto sucesso aqui e lá fora.
Neste ano, o Fórum de Davos provou estar sendo influenciado por esse conceito. E mostrou que toda essa formatação de evento já é um caminho sem volta.
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