
A The Economist saiu com uma matéria sobre a indústria de música. Nada de muito novo, mas com alguns dados atualizados e registros interessantes. O artigo cita o quanto o ano de 2007 foi ruim para as gravadoras, período em que 3 das 4 principais gravadoras foram praticamente obrigadas a parar de investir no DRM.
“Em 2006, a EMI, uma das 4 maiores gravadoras do mundo, convidou alguns adolescentes para ir aos seus escritórios para conversar com os executivos sobre os seus hábitos musicais.
No final do encontro, os diretores da EMI agradeceram os comentários e convidaram os adolescentes a escolher à vontade CD’s que estavam em uma pilha em cima de uma mesa. No entanto, nenhum dos adolescentes pegou CD algum, muito embora fossem de graça. ‘Foi neste momento que percebemos que o jogo estava completamente perdido’, disse uma pessoa que estava no encontro.
[…] O volume de álbuns físicos vendidos em 2007 caiu 19% em relação ao ano anterior. No primeiro semestre de 2007, a venda de música em CD e outros formatos físicos caiu 6% na Inglaterra; 9% no Japão, França e Espanha; 12% na Itália; 14% na Austrália e 21% no Canadá.
[…] Tim Renner, um executivo da Universal Music na Alemanha, disse que as gravadoras deveriam ter agido muito antes. ‘Elas tinham dinheiro e poderiam ter adquirido a competência para comprar agências de shows e escritórios de merchandise’. Agora é tarde demais”.
A matéria da The Economist não aborda isso. Mas ela poderia ter comentado sobre o quanto essa indústria está sendo substituída por outra, descentralizada e não hierarquizada, formada por sites de ‘publicação’ de música [MySpace], de streaming gratuito de apresentações [Liveroom.TV], de troca de arquivos e música on demand [Last.fm], além de agências de shows [LiveNation].
Foto do Flickr de Stéfan
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