
Mais um site do chamado jornalismo cidadão está prestes a chegar ao fim. Desta vez é o Backfence, que resolveu fechar os seus 13 sites locais com conteúdo gerado pelo usuários. Faltou pique e investimento.
A meu ver, o problema desses projetos é sempre o mesmo – eles precisam de muito conteúdo para funcionar e não existe a quantidade de pessoas necessárias para enviar conteúdo.
Não é a maioria dos usuários que produz conteúdo. O site fica sem atualização ou com matérias enche linguiças, copiadas de outros lugares, e o projeto termina. Ou vira um elefante branco. Sem relevância nenhuma na internet.
Para mim, o melhor modelo de jornalismo é o hibrído – o jornalismo normal, com o complemento do cidadão. Tem material relevante enviado pelos usuários? Tem, ótimo, colocamos no ar. Não tem? Não colocamos nada e evitamos ficar cozinhando matérias para encher os sites de jornalismo cidadão no estilo “I Repoters” da vida.

Aliás, não entendo até hoje por que portais e sites de notícias tem uma seção separada para o chamado conteúdo dos usuários. Ué, se o conteúdo é tão relevante, por que não está inserido no meio das notícias e dos textos, como os blogs fazem?
Conteúdo enviando pelo usuário é complemento. É meio para se fazer um jornalismo melhor. E não um fim em si. Não exclui o jornalismo tradicional. Não precisa de uma seção separada.
No final, esse sites dão uma importância tão grande a como o conteúdo é produzido [por um amador ou um profissional]. Enquanto, o foco deveria ser em como esse conteúdo está sendo consumido.
Para encerrar esse post, vou contar um segredo a vocês. Mas fica somente entre nós – participação do usuário e mídias colaborativas sempre existiram. A diferença que hoje é em maior escala. Só isso. Não existe nenhuma revolução no jornalismo. Jornalismo cidadão é algo que sempre existiu, mas hoje em maior escala.
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