Facebook abre caminho para a 2ª geração de redes sociais

Devido a um email do colega blogueiro Fabio Bracht, estou testando a Facebook, rede social que promete lançar uma versão para o Brasil em breve e que já é considerada a 2ª geração das redes sociais online.

Mais um Orkut na área? Nada disso. A Facebook, que surgiu em 2004 da cabeça de um estudante colegial dos EUA, é a prática comercial de algo que muito se comentou na área de comunidades online – a criação de sistemas orgânicos [abertos].

O iLike até tentou ter esse diferencial. A LastFM vem tentando. O principal diferencial da Facebook é ser uma rede social na qual você sente o seu movimento, além de ter espaço e meios para crescer pelas mãos dos próprios usuários, bem diferente do Orkut ou da MySpace, que são estáticas e estão mais para álbum de figurinhas ou listinha de amigos.

Como um organismo mesmo, cada movimento na Facebook tem um efeito no conjunto. Para se ter uma idéia, logo quando entro na rede social dou de cara com um painel com informações de tudo o que os meus amigos fizeram ou estão fazendo – novos amigos que adicionaram, comunidades em que entraram como novos integrantes, quem está online e onde está [em casa, no trabalho] etc.

Isso é muito importante, pois cria a sensação de envolvimento e comunidade em movimento [sem contar que a quantidade de informação cruzada é enorme. Com a inserção de microformats, em breve, nem sei até onde isso tudo vai].

Outro exemplo de como a Facebook é orgânica e cresce pelas mãos dos usuários é que ela liberou a sua API [espécie de conjunto de códigos que permite a criação de aplicações baseadas na rede social]. Agora os usuários podem criar aplicações para a Facebook. Na prática, é como se você inserisse módulos no seu perfil do Orkut – um que vai direto para o seu email, o outro que se integra ao site da Amazon, à Lastfm, ao seu blog etc.


Mark Zuckerberg, fundador da Facebook

A intenção da Facebook é que os usuários não saiam do site para fazer outras atividades na rede, como escutar música ou assistir a vídeos.

A idéia está dando certo, a rede social já é a que tem mais usuários ativos [passam mais tempo logados usando a ferramenta], critério importante para definir a relevância de um site, pois o número de usuários registrados em um serviço já não diz muita coisa [podem ter feito o cadastro e nunca mais voltado ao site].

Engraçado que esse desejo de não deixar o usuário sair de sua gaiola, fazer tudo na Facebook, é o mesmo dos portais de internet desde a época pré-bolha – ser o centro da web e a porta de entrada da internet.

Um dos pontos mais controversos da Facebook é a privacidade, apesar de que você pode definir quais informações quer compartilhar. O ponto polêmico, mas opcional, aparece logo no começo – ele pede a senha de sua conta de email. Para quê? Para localizar automaticamente os contatos seus que estão na Facebook. Você não precisa sair por comunidades e perfis atrás de seus amigos, a rede social os leva até você.

Em relação ao aspecto orgânico da Facebook é interessante notar o quanto é importante um conceito por trás de um projeto web. Montar um site não é apenas juntar HTML e conteúdo. É pensar, responder a necessidades e aplicar conceitos. E o conceito de sistemas orgânicos [abertos] está fortemente presente na Facebook. Dá gosto ver um projeto web deste tipo.

8 respostas para “Facebook abre caminho para a 2ª geração de redes sociais”.

  1. […] final, vieram versões da MySpace e Flickr para o Brasil. Facebook começou a abrir caminho para a 2ª geração de redes sociais. E, com muitas filas, iPhone foi lançado nos […]

    Curtir

  2. […] popular é a MySpace e não a Facebook. Na Europa, é a Bebo, voltada para adolescentes. África, a Facebook; e Ásia, a […]

    Curtir

  3. […] da revista Forbes. Quem agora aparece na lista é Mark Zuckerberg, de 23 anos, fundador e CEO da Facebook, considerado o milionário mais jovem da seleção feita pela […]

    Curtir

  4. […] possibilidade de inserir aplicações sociais no seu perfil do Facebook é fantástica. Muitas possibilidades se abrem e um novo paradigma […]

    Curtir

  5. […] ferramenta que, recentemente, tentou seguir esse conceito com algum sucesso foi a Facebook por meio do mini-feed, que funciona como uma espécie de linha do tempo de todas as suas atividades […]

    Curtir

  6. […] Até nisso, o jornal de Murdoch quer bater de frente com o NYTimes. Recentemente, o jornal anunciou os resultados positivos que vem obtendo em utilizar a Facebook. […]

    Curtir

  7. […] Post relacionado: Facebook abre caminho para a 2ª geração de redes sociais […]

    Curtir

  8. […] Leia também: Facebook abre caminho para a 2ª geração de redes sociais […]

    Curtir

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados *