Uma notícia bastante comentada nesta semana foi a informação de que a Apple registrou mais uma patente para o desenvolvimento de um óculos futurista, conectado à internet e capaz interagir com tudo à nossa volta.
Apesar de as patentes nem sempre se transformarem em produtos, a movimentação da Apple é vista como uma reação ao Google Glass, projeto de óculos futurista da empresa de busca, apresentado ao vivo em evento, no mês passado.
As patentes registradas pela Apple, na realidade, são sobre “wearable technology”, computadores embutidos em roupas e objetos pessoais.
Enquanto o Facebook ainda se embanana com a sua presença mobile, Google e Apple mostram que, conceitualmente, estão alguns passos à frente.
O Google Glass pode ser desengonçado e bruto, mas é um nítido recado ao mercado de que a mobilidade digital vai muito além do celular. A internet/computação nasceu para estar embutida em quase tudo – carros, roupas, óculos, brinquedos, mobília etc. Foi-se o tempo em que o celular tinha o monopólio da mobilidade.
O Glass é o primeiro produto da Google a quebrar o conceito de “navegador” para acessar a internet. Ideia que nasceu nos desktops e ainda está presente nos celulares. Tanto nos óculos da Google quanto nas patentes licenciadas pela Apple não existem sites para serem acessados. Imagine criar um produto para este tipo de dispositivo, onde a experiência com a internet depende menos do navegador?
A mobilidade está somente começando. Desafios vêm pela frente e muita empresa que domina o mercado neste tempo em que o celular monopoliza a mobilidade digital terá que rever a sua estratégia.
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