A volta do anticristo da web

Andrew Keen é um nome que promete estar presente em artigos e colunas nos próximos meses.

Considerado o “anticristo” da web, Keen lançará neste mês o seu 2º livro – Digital Vertigo: How Today’s Online Social Revolution Is Dividing, Diminishing, and Disorienting Us, no qual faz críticas ao momento atual da internet, principalmente à perda da privacidade e à fetichização em torno das plataformas de redes sociais.

O historiador britânico utiliza uma cena do filme Vertigo, de Alfred Hitchcok, como metáfora para mostrar que estamos mais preocupados com uma ideia abstrata sobre a web do que com as pessoas reais que participam dela. O “social” ficou mais importante que o indivíduo, argumenta Keen.

Ainda não terminei de ler o livro, mas, pelo visto, Digital Vertigo tem um pouco de Alone Together, de Sherry Turkle (confundimos conectividade com amizade), e de Você não é um aplicativo, de Jaron Lanier (passamos da ditadura de uma pessoa para a ditadura de muitos).

Keen ficou famoso com o seu primeiro livro – Culto ao Amador – publicado em 2007. Na obra, o historiador foi pioneiro em fazer críticas, hoje comuns, ao modus operandi da web.

Digital Vertigo sai em meio a uma avalanche de livros sobre a chamada “social media” e seus efeitos. Tanta coisa interessante acontecendo – inovação reversa, envelhecimento da população mundial, neurotecnologia – e mais um livro sobre “social media” soa como uma das coisas que Keen mais critica – a repetição dos mesmos assuntos de sempre.

Mesmo assim, em breve, prometo comentar melhor sobre Digital Vertigo.

Um trecho do livro está disponível no Scribd.

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