Inovação reversa talvez seja um dos assuntos mais visíveis sobre tecnologia, principalmente depois que os países em desenvolvimento ganharam mais destaque.
O termo refere-se à inovação que surge primeiro nos mercados emergentes e depois é exportada para os países desenvolvidos. Algo que, diga-se de passagem, sempre aconteceu, mas que ganhou acentuada notoriedade após a crise de 2008, a qual fez com que mercados emergentes acabassem ganhando maior destaque e interesse.
O pai do termo é o indiano Vijay Govindarajan, professor da Tuck School of Business (EUA) e considerado um dos pensadores mais importantes pela Thinkers 50.
Para exemplificar a sua teoria, Govindarajan sempre cita dois casos: a bebida Gatorade que, na realidade, tem origem em tratamentos contra a desidratação feitos na Índia. E os netbooks, que nasceram nos mercados emergentes – computador com baixo custo e que fizesse o básico com pouca energia.
A dinâmica não é restrita a produtos do mercado de bebidas e computadores. A Reuters já fez uso da inovação reversa.
Govindarajan, em parceria com o também professor Chris Trimble, lançou um livro no qual resume os seus estudos sobre o assunto – Reverse Innovation: Create Far From Home, Win Everywhere.
Em breve, comentarei melhor sobre ele. Promete ser o livro de cabeceira de muito executivo por aí.
Enquanto isso, vale ver a recente apresentação do pesquisador no TEDx Nova York.
Atualização – O livro ganhou uma versão em português pela Editora Campus/Elsevier.
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