Ao ler a carta em que Larry Page faz um balanço de 1 ano à frente da Google, o que me vem logo à mente é como a empresa de busca se posicionará em uma internet que é cada vez mais device agnostic.
Realizar uma busca em um carro em movimento ou em uma TV conectada exige uma experiência diferente de fazer o mesmo em um desktop. O que uma pessoa deseja de busca em um determinado dispositivo pode ser diferente daquilo que espera em outro.
Na carta, Page defende a “política de privacidade” da empresa. Quanto mais dados coletados, mais intuitiva será a experiência.
Acredito que o ponto mais importante para a Google não seja bem esse.
Existe muito espaço a ser explorado. A história do mercado de busca ainda está sendo escrita.
O pessoal da startup americana Boxfish, por exemplo, vem pesquisando a experiência de busca nas TVs conectadas.
A startup criou um serviço que permite saber quando um termo foi mencionado em um programa de TV. Para isso, tira proveito de uma base de dados até então pouco explorada – as “legendas ocultas” dos canais americanos de TV.
A Boxfish é reflexo de que, em 2012, ainda existem muitas bases de dados prontas para serem exploradas por aí, principalmente num momento em que, de forma crescente, a internet pode estar conectada a qualquer dispositivo ou objeto.
Ademais, a startup ajuda a levantar uma questão. Será que a Google está pronta para uma internet “device agnostic”? Para alguns, os misteriosos óculos da Google seriam a resposta positiva para essa pergunta.
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