Você deve ter visto por aí. Depois de 244 anos, a Enciclopédia Britânica anunciou que deixará de publicar a sua versão impressa. Agora, a enciclopédia existirá somente em bits.
Ao que tudo indica, a transição não foi tão traumática. Desde 2006, o digital já era o principal responsável pela receita da empresa. Atualmente, menos de 1% dos ganhos vêm da venda da edição impressa; 85% da receita está em serviços digitais, como cursos e pesquisas online; o restante é de assinaturas da versão online da Britânica.
Quem sai ganhando com a notícia da transição é o modelo que vê o conteúdo como um fluxo e não um produto final. Com o fim da versão impressa, a Britânica pretende intensificar ainda mais esse modelo, com colaboradores e editores expandindo e corrigindo os verbetes quase que em tempo real. A enciclopédia deixará de ser um produto final (com começo, meio e fim), que sai somente a cada 2 anos, para se tornar um processo em constante modificação.
Vamos ver no que vai dar. A Wikipedia adota esse modelo desde o início. Guardian e NYTimes vêm tentando usá-lo também.
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