Luz elétrica não é prejudicial à saúde

Ao comentar sobre os comerciais do iPad, escrevi que “educar/treinar” as pessoas pode se tornar parte essencial da dinâmica de consolidação de uma nova tecnologia ou conceito.

Não é à toa que a Apple adota uma postura educativa em seus comerciais e que as primeiras reportagens sobre a internet tinham simplesmente a preocupação de mostrar o que era e para que servia a rede.

Essa dinâmica não é exclusiva do século XXI. Toda “tecnologia disruptiva” tem um ciclo – surgimento e consolidação. Às vezes, esse ciclo pode ser mais longo se ainda não houver pleno entendimento sobre o que fazer com a tecnologia.

No final do século XIX, era comum encontrar em quartos de hotéis a placa que abre o post – algo que traduzido para o português seria como “Este quarto é equipado com Edison Electric Light. Não tente acender com fósforo. Apenas gire a chave na parede perto da porta. De maneira nenhuma, o uso de eletricidade para iluminação é prejudicial à saúde, nem afeta a profundidade do sono”.

Os avisos eram colocados por exigência do próprio Thomas Edison, inventor e primeiro a comercializar a lâmpada elétrica, com a intenção de “educar/treinar” as pessoas. A ideia da luz elétrica era encarada com tanta estranheza que era preciso orientá-las a respeito do seu uso.

Às vezes, é essa postura educativa que difere uma empresa que consegue comercializar e inserir um conceito tecnológico de outra que não consegue. A história das tecnologias mostra bem isso.

Veja também: Correio americano em crise. Internet tem culpa

Crédito da foto: Wichary

Uma resposta para “Luz elétrica não é prejudicial à saúde”.

  1. Esse processo de “educação” de uma nova tecnologia é sempre curioso. Outro exemplo era, no início da web – mesmo que isso ainda exista – onde os links de todas as páginas tinham o texto “clique aqui” como forma de instruir o visitante.

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