Os principais sites de mídia foram tomados por uma discussão a respeito da criação do “Council on Ethical Blogging and Aggregation“, espécie de “conselho” que propõe a utilização de um código com diversas diretrizes sobre como devem ser feitas as atribuições na internet.
Formado por representantes da Esquire, Slate, New York Magazine e Maria Popova (microblog bem conhecido), o conselho pretende com o código inibir quem “chupinha” conteúdo dos outros na web e padronizar a forma como as atribuições são feitas em blogs e agregadores de conteúdo.
A ideia é que você sempre faça links para o conteúdo original (prática já comum em bons blogs) e antes do link utilize certos símbolos.
Semelhante ao © para copyright, o símbolo ᔥ indicaria que você utilizou o conteúdo referido no link sem modificações. E o ↬ que você também usou o conteúdo, porém com algumas modificações e expansões em relação ao original.
O código já é visto com ceticismo. Soluções “de cima para baixo” quase nunca têm boa aceitação na web. Para alguns, o código mais complica do que simplifica o processo de atribuição na internet (os dizeres via alguma coisa no final de um texto são adotados há anos por blogs).
Além disso, a falta de crédito para as fontes de informação não é um problema recente. Autores de blogs discutem há anos essa questão. No passado, existiram tentativas de criar “códigos de conduta para blogueiros” para minimizar o problema.
A discussão vai e volta. A área acadêmica já convive com essa situação há décadas. Quem escreve com alguma regularidade na web já deve ter visto trechos de seus textos publicados por aí sem a indicação da autoria ou até mesmo conferida a outra pessoa.
Reconhecer ou não o crédito de uma pessoa por um trabalho é uma questão bem mais de caráter e gentileza.
Com ou sem código formal, pessoas mal intencionadas ou profissionais inseguros continuarão a utilizar o conteúdo de outros sem a devida atribuição (em forma de links ou citação).
Ou seja, é uma questão parecida com a dos trolls. A causa e a solução para os trolls estão bem mais fora do que dentro da internet. É uma questão maior. Envolve a falta de civilidade e de respeito ao próximo.
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Crédito da foto: mado.image

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