Essa pergunta foi em parte respondida com a notícia de que o Facebook fechou uma parceria com o site Politico. Por meio do acordo, o site americano de notícias sobre política terá acesso automático a diversos dados de mensagens públicas e privadas publicadas no Facebook.
O Politico utilizará a base de dados da plataforma de rede social para realizar reportagens e análises durante as eleições americanas.
Uma das primeiras matérias feitas a partir dos dados foi publicada. Revela que Mitt Romney e Ron Paul, pré-candidatos à presidência dos EUA, andam bem na fita entre eleitores republicanos que estão no Facebook.
A pergunta que fica é se o Facebook fechará acordos com outras empresas para fornecer acesso deste tipo à sua base de dados.
O fato do Facebook ser tratado como uma empresa de dados não é nenhuma novidade. Para empresas e anunciantes, o apelo da plataforma de rede social está em justamente fornecer acesso a uma base de dados exclusiva e segmentada.
No ano passado, a plataforma de rede social adquiriu uma série de startups que tinham como competência central a coleta, mineração e visualização de dados.
Caso valide de vez essa posição, o Facebook será tratado como uma empresa de dados, mas que se apresenta ao mercado como plataforma de rede social (mais ou menos, como a Casas Bahia. É uma financiadora, mas se apresenta ao mercado como uma loja de móveis e eletrodomésticos).
Com essa posição, o Facebook encontrará dois desafios. O primeiro deles será o de enfrentar as organizações de defesa da privacidade, que já estão chiando para a parceria com o site Politico (apesar dos dados serem utilizados de forma anônima).
O segundo é assegurar a qualidade desses dados. Quem garante que as diversas mensagens publicadas sobre um candidato não foram geradas por um robô ou uma pessoa paga para colocá-las no Facebook? É fácil publicar informações não verdadeiras em plataformas de redes sociais. Vide nas últimas eleições brasileiras, em que as plataformas foram utilizadas, em sua maioria, para polarizar ainda mais as discussões políticas.
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Crédito da imagem: Tim Morgan


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