A abertura da versão brasileira da iTunes Store, loja online onde é possível comprar e alugar conteúdo em formato digital, reflete o potencial do mercado brasileiro para a Apple.
Na realidade, 16 países da América Latina estão recebendo versões locais da loja online da Apple. O Brasil é somente um deles.
Contudo, o país tem um destaque especial. Na apresentação do último balanço financeiro, o Brasil foi citado como uma das regiões de maior crescimento para a Apple. As receitas vindas do país subiram 118% ao ano.
Outras regiões promissoras para a empresa são Rússia e Oriente Médio.
É preciso levar em conta duas coisas importantes sobre a iTunes Store.
Primeiro – a Apple não compete em custo. Coloca-se como uma “marca premium”. Quem espera “preços e produtos populares” sempre vai se decepcionar.
Outra coisa é que, historicamente, as pessoas pagam por serviços e produtos desde que vejam valor neles. Isso mesmo no ambiente digital. Esse valor pode vir por meio da tríade: qualidade, facilidade e acesso. Qualidade se explica por si só. Facilidade no sentido de ser um serviço simples de utilizar, que não faz o consumidor se sentir culpado ou frustrado. E acesso como meio de conseguir alguma coisa que não se pode obter por conta própria.
A iTunes chega ao Brasil 8 anos depois do lançamento nos EUA. E ela entra no mercado brasileiro num momento em que o seu modelo ainda dominante de baixar arquivos individuais é questionado nos EUA por serviços de streaming de conteúdo, como Spotify, Rdio, Google Music, Hulu e Netflix.
Veja também: Com iCloud, Apple deixa evidente estratégia “device agnostic”

Deixe um comentário