Para o pesquisador Nicholas Carr, as grandes empresas podem até estar com um pé atrás, mas os usuários já abraçaram e perceberam os benefícios do cloud computing. YouTube, Facebook e Gmail são exemplos de que as pessoas já adotam o cloud computing em seu dia a dia.
Em 1961, John McCarthy, professor do MIT, disse que a computação adotaria o modelo da telefonia. Você pagaria apenas pelo que usa.
Cinquenta anos depois dessa afirmação, a Technology Review do MIT publicou um de seus “special reports” sobre cloud computing, justamente a tecnologia que melhor absorve essa colocação de McCarthy – as empresas pagam somente pela capacidade utilizada.
Durante a semana, será publicada uma série de reportagens sobre a tecnologia.
Logo no primeiro artigo, a revista aborda a crescente preferência pelas “nuvens privadas” – empresas adotam a tecnologia de cloud computing, no entanto utilizam serviços próprios e restritos em vez de deixar dados e informações sensíveis nas mãos de terceiros, como Amazon ou Microsoft.
É um meio termo entre adotar a tecnologia e deixar os dados dentro do ambiente da empresa.
As organizações que utilizam “nuvens privadas” perdem um dos principais benefícios do cloud computing – a queda do custo, mas, em compensação, ganham flexibilidade e um controle maior sobre os dados.
A preocupação com a segurança ainda é um dos principais empecilhos na adoção da tecnologia. Mesmo assim, um dos recentes discursos contra a adoção do cloud computing não vem de grupos de “defesa da privacidade online”, mas sim de ambientalistas que acreditam que a tecnologia fez crescer o consumo de energia de datas centers.
Nota-se que a adoção da tecnologia de cloud computing é quase inevitável em algumas indústrias (mídia, por exemplo), principalmente por ser a base tecnológica que permite o aproveitamento de uma das principais caraterísticas da internet – ser device agnostic – sincronismo de informações, dados podem ser acessados de qualquer dispositivo.
Segundo Carr, a grande questão não é mudar toda a infraestrutura para cloud computing, mas adotar uma posição híbrida. Ou seja, saber o que passar ou não para as “nuvens” e como isso pode gerar vantagem competitiva.
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Crédito da foto: Supertin

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