No livro Glut, o pesquisador e arquiteto de informação Alex Wright diz que erroneamente vemos redes e hierarquias como coisas excludentes. Mentalidade que a própria web ajudou a alimentar nos últimos anos: aquela visão de que a internet vai acabar com todo tipo de hierarquia.
Na realidade, redes e hierarquias não são mutuamente exclusivas; elas, geralmente, coexistem. Podemos trabalhar numa empresa que possui uma organização formal, porém, ao mesmo tempo, mantemos uma rede pessoal e informal de colegas de trabalho.
A internet é uma rede, com uma cultura de desenvolvimento de baixo para cima, mas que simultâneamente coexiste com pequenos sistemas hierarquizados. Exemplo: sistema de busca da Google, que tem como principal atrativo mostrar resultados em hierarquia (os melhores sites segundo o PageRank).
Mais um exemplo aconteceu nesta semana. A Google lançou o 100 Chart For Music, ranking com os vídeos mais populares de música no YouTube. Nada mais é do que a ideia das “mais tocadas” só que adaptada para os dias atuais.
Ou seja, o YouTube pode ser “horizontal”, no entanto, criou um mecanismo de hierarquização.
Em destaque no ranking: Jennifer Lopez, Lady Gaga, Katy Perry.
Por enquanto, não difere muito do ranking da Billboard.
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