Lembro que, quando o iPad foi lançado lá fora (o gadget chega oficialmente ao Brasil nesta sexta-feira), muita gente falou que os tablets teriam o efeito de “reiniciar” o mercado de revistas, no sentido de que permitiriam a entrada de novos players ao mercado.
Em relação ao impresso, a barreira de entrada seria mais baixa e, naturalmente, novas marcas surgiriam; enquanto outras, extintas, voltariam ao mercado.
Nesta terça-feira, Richard Branson, fundador da Virgin, anunciou o lançamento da Project, publicação exclusiva para o tablet da Apple. Não conta com versão impressa nem web. US$2,99 (mais ou menos 5 reais) por edição. É focada em tecnologia, entretenimento e negócios. E é mensal.
Não vou entrar na discussão se vale a pena criar um produto “exclusivo” para uma única plataforma, enquanto as pessoas são, cada vez mais, multiplataforma (alguns leitores do blog e eu já comentamos sobre isso em outro post).
Acredito que, acima de tudo, os tablets ajudarão a reforçar marcas já consagradas, mas esse lançamento capitaneado por Branson dá mais combustível para a afirmação de que eles também podem de certa forma “reiniciar” o mercado, trazer novas e extintas marcas.
A revista Gourmet, por exemplo, voltou ao mercado em uma versão exclusiva para iPad.
Aliás, se a gente for ver, historicamente isso é comum. Sempre quando surge uma nova plataforma ou dispositivo de distribuição de conteúdo, novas marcas nascem.
Há 15 anos quem imaginaria que, por exemplo, Huffington Post, Gizmodo e Gawker se tornariam importantes marcas na área de conteúdo?
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