Fazia tempo que a revista não dava tanto destaque a um assunto ligado à internet.
Matéria de capa da Economist destaca que a universalidade e a abertura da internet estão ameaçadas.
Governos autoritários estariam, cada vez mais, monitorando e restringindo o uso da internet; empresas, por sua vez, criando “produtos fechados” (aplicativos), e provedores de internet, favorecendo ou desfavorecendo um site ou um tipo de serviço.
A matéria é um pouco maniqueísta em alguns pontos e lembra a que foi capa da Wired. Ambas têm como pano de fundo a questão da neutralidade da internet.
A partir da leitura dela, lembrei de algumas coisas que comentei por aqui:
– Aquele pensamento inquestionável de que a internet e as mídias digitais, por si só, são ferramentas democratizantes está cada vez mais caduco. Quem pesquisa ou acompanha essa área precisa ter em mente que essas ferramentas são neutras. Tanto podem ser usadas para restringir como para incentivar a liberdade de expressão
– Estamos tão acostumados com o discurso de que a internet liberta as pessoas e derruba governos, que estranhamos vê-la ser utilizada como ferramenta militar e governamental.
– Quem controla a infraestrutura da internet tem um grande poder nas mãos.
Veja também: Redes sociais se tornaram ferramentas de massa

Deixe um comentário