Nesta semana, saiu mais um relatório indicando que a internet vai passar os jornais impressos em faturamento publicitário nos EUA. Um dos principais motivos para esse crescimento é o aumento do uso da banda larga nos EUA, além da mudança do comportamento do leitor.
A notícia foi comemorada com festa, principalmente por quem trabalha com… internet.
Porém, a notícia em si não traz novidades. É um caminho mais do que natural a internet passar os jornais (o que não quer dizer que eles vão “morrer”). A internet surgiu justamente para ser uma plataforma de entrega/troca de informações mais eficiente que os jornais impressos.
Situação parecida acontece quando ocorrem tragédias e eventos de grandes proporções – terremotos, enchentes, furacões. Sempre aparece um “especialista em mídias digitais” com um “artigo bombástico” sobre o fato da internet ter sido o único meio que se manteve íntegro (as pessoas tinham apenas o Facebook e o Twitter para se informar). Como se isso fosse algo fora do normal. A notícia será quando a internet não se mantiver intacta num caso desses.
Basta lembrar que ela foi criada para ser uma rede de troca de informações que se mantivesse sem danos em caso de grandes tragédias ou ataques. Por isso, que, como plataforma de comunicação, ela é “device agnostic“, não é restrita a um único dispositivo. Praticamente pode ser acessada por meio de qualquer dispositivo – celular, laptops, tablets, carros etc.
Portanto, se a internet não está se sobressaindo aos jornais impressos e menos ainda sendo a plataforma de comunicação intacta durante uma tragédia, é sinal de que alguma coisa está errada, não está saindo conforme o planejado.
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Crédito da foto: Linder

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