Dia 31 de maio é o “Dia de sair do Facebook“, o QuitFacebookDay. As recentes mudanças na política de privacidade do Facebook, que, uma vez mais, minimizam a autonomia dos usuários, seriam o principal motivo do protesto. Elas seriam um “atentado contra a privacidade”.
O QuitFacebookDay parece ser mais um daqueles movimentos online que, no final das contas, resultam em pouca coisa e servem mais para autopromover quem os cria.
Sempre quando uma plataforma de rede social coloca os seus usuários em segundo plano, surge um movimento deste tipo. Lembra do “Delete Your MySpace Day“?
Principal motivadora do protesto, as recentes mudanças na política de privacidade do Facebook estariam relacionadas ao projeto de monetizar a rede social (assunto que comentei com mais detalhes aqui, no blog, há duas semanas). Ou seja, em troca de sacrificar a privacidade dos usuários, o Facebook estaria atrás de um caminho curto e rápido de gerar receita ou de, pelo menos, mostrar-se como um negócio sustentável.
Lembra daqueles autores de blogs que, há 3 anos, prometiam uma forma mágica de “ficar rico com a internet” entupindo o blog de banners e links patrocinados, sacrificando, desse modo, a “experiência do usuário”? A mentalidade seria parecida.
Portanto, se existe algo para protestar, é contra essa mentalidade de que existe um caminho curto, simples e rápido de “ganhar dinheiro com a internet” sacrificando os usuários, colocando-os em segundo plano.
Enquanto existir esse tipo de pensamento, sempre acontecerão “atentados contra a privacidade”.
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Crédito da foto: Avlxyz

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