Impostos altos atrapalham mercado de games no Brasil

Compartilhei no Twitter e vale republicar aqui. Gamasutra, conceituado site de games, publicou um relatório bem interessante sobre o mercado de games no Brasil. O artigo é assinado pelo designer de jogos James Portnow, que trabalhou na produção da série Call of Duty.

Portnow é certeiro em alguns pontos na análise, como a fuga de talentos (brasileiros que vão trabalhar em empresas fora do Brasil) e o fato da alta tributação atrapalhar o mercado brasileiro.

Vale lembrar que, em 2008, dois anos antes do relatório do Gamasutra, o presidente da Nintendo nos EUA, Reggie Fils-Aime, também comentou sobre os altos impostos no Brasil.

Na época, ele destacou:

“O Brasil poderia ser nosso maior mercado na América Latina, mas precisa de mudanças estruturais em termos de impostos. No México, por exemplo, que costumava ter altas taxas, eles entenderam o problema. Hoje as vendas são maiores e a pirataria diminuiu”

Veja também:
Parece um jogo, mas é um telejornal (animated news)

10 respostas para “Impostos altos atrapalham mercado de games no Brasil”.

  1. Certeiro mesmo o artigo do GamaSutra… parabéns pelo blog.
    Um abraço,

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    1. @Pedro

      Obrigado, Pedro!

      O relatório é bom mesmo e repercutiu bastante nos meios especializados aqui, no Brasil.
      A questão dos impostos vale para várias indústrias, não somente a de games.

      abs

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  2. […] This post was mentioned on Twitter by Tiago Doria, Rodrigo Cunha, Bruno Scartozzoni, Wagner Nunes, O Webwriter and others. O Webwriter said: Impostos altos atrapalham mercado de games no Brasil http://bit.ly/7SRcMn […]

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  3. O velho papo empresarial de sempre. A verdade, que pode ser conferida na Wikipédia, é que o Brasil tem uma carga média de impostos (38%), bem menos do que a França e Finlândia (50%), por exemplo. Que tiver a carga mexicana de 10% de carga tributária, terá um país como o México. É isto que queremos?

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  4. O título do post poderia ser “Impostos altos atrapalham tudo no Brasil”.

    É uma pena… seguramente, por suas dimensões e população, o Brasil poderia ser um dos maiores mercados do mundo no lucrativo, desejável e benéfico mercado de jogos eletrônicos (games). Como sempre, esse trambolho chamado “estado brasileiro” estragando tudo…

    O mercado de games no Brasil retrocedeu. Aparentemente, já foi mais regular, promissor e “oficial” nos anos 80 (quando havia comerciais do Atari na TV, em horário nobre) e 90. Hoje, vivemos num mercado irregular, cinzento, repleto de informalidade, com pirataria disseminada, preços extorsivos e inacessíveis, práticas estranhas etc.. Hoje, o Brasil está fora do grande circuito de games.

    A colocação feita num dos comentários sobre a diferença da carga tributária ressalta mais ainda o absurdo do Brasil. Temos carga maior que a da França e da Finlândia, e, em regra, como bem sabemos, o retorno, consistente em obras e serviços públicos (educação, saúde, segurança, Judiciário etc.), é ruim e ineficiente, talvez, quem sabe, algo similar, ou até mesmo pior que o do… México.

    Num certo sentido, o dilema do Brasil, que tem grandes potencialidades, é o mesmo que os EUA, outra grande nação, tiveram que enfrentar na Guerra Civil (1861-1865): até quando o conflito entre o atraso e o progresso vai continuar sem uma resolução?

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  5. O relatório do Gamasutra é ótimo mesmo. Mas, não podemos esquecer que no Brasil a pirataria também tem um fator cultural muito importante. Poucas são as pessoas que acham errado fazer uma cópia de jogo. Isso vem lá da época da reserva de mercado.
    Outro ponto a ser considerado é a dificuldade de compra. Não há facilidades de comprae não é tão significativo o número de pessoas que usam um cartão de crédito para comprar online. Micropagamentos poderiam melhorar esta situação.

    Um último item que considero que influencia para pirataria é que o mercado de games do Brasil compra só games “de fora”, ou seja, produzidos longe do Brasil. Poucos sentem-se “culpados” em copiar algo que foi feito por um grupo distante geografica e culturalmente.

    Neste sentido, eu acho que mais desenvolvedores de jogos próximos do público dos jogos, ou seja, DESENVOLVEDORES BRASILEIROS, poderiam influenciar em uma diminuição da pirataria de maneira, é claro, indireta.

    Por falar nisso, Tiago, aqui em Curitiba estamos organizando um evento para desenvolvedores de jogos neste fim de semana semelhante a um “hack day”.

    A PUC está sendo uma das sedes da 2a Global Game Jam (http://www.globalgamejam.org/).
    Neste evento, desenvolvedores de jogos de todo o mundo reunem-se em locais diversos durante dois dias e, dado um tema, tem 48 horas para criar um jogo relacionado ao tema fornecido.
    Em Curitiba (http://www.brunocampagnolo.com/gamejam2010/), aproximadamente 50 desenvolvedores, dentre artistas, programadores e designers vão ficar neste fim de semana (29/1 a 31/1) dedicados a esta tarefa no campus da PUCPR.

    O evento tem caráter mundial e com um aspecto colaborativo bastante forte: até o momento são 140 sedes espalhadas por mais de 20 países (http://www.globalgamejam.org/Locations/country). No Brasil, além de Curitiba, a Game Jam também vai acontecer simultaneamente em Recife, Varginha, Rio de Janeiro e São Carlos.

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    1. @Bruno Campagnolo de Paula

      Obrigado, Bruno. E concordo com você, não é questão apenas de impostos – a pirataria e principalmente a falta de facilidades, de ter um grande vendedor de games (com mais opções de compra), também atrapalham o mercado.

      abs

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  6. […] Tiago. Impostos altos atrapalham mercado de games no Brasil. Disponível em << http://www.tiagodoria.com.br/coluna/2010/01/25/impostos-altos-atrapalham-mercado-de-games-no-brasil/  >> Acessado em 25 Jan 10 às […]

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  7. Puxa eu como um jogadoer frenético amo video games,mas realmente fico desanimado com os preços altos,com isso acobo apelando para pirataria,talvez baixar um pouco os impóstos seria a solução.ja que a média de jogos adiquiridos por um jogador frenético (como eu) é 2 jogos a cada 3 meses em quanto nos EUA um jogador do mesmo porte e tempo adiquiri entre 6 a 8 jogos…

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  8. no brasil nos pagamos mas imposto do que comemos

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