Alguém tem que pagar as contas

Um dos primeiros jornais digitais a derrubar o paredão de conteúdo pago poderá ser o primeiro a reerguê-lo. Segundo reportagem da New York Magazine, o NYTimes estaria prestes a cobrar novamente pelo acesso ao seu conteúdo. O anúncio poderá ser feito na próxima semana, quando também aconteceria o lançamento de uma parceria de conteúdo com a Apple.

Não é a primeira vez que surge o boato sobre a volta da cobrança de conteúdo, reflexo dos conflitos internos pelos quais o NYTimes está passando a respeito de seu futuro.

Caso execute a ideia, será o jornal que, em sua versão digital, mais transitou por modelos em um pequeno espaço de tempo. Antes não cobrava pelo conteúdo, depois passou a cobrar. Partiu para o modelo de conteúdo subsidiado por publicidade e agora poderá voltar atrás, num modelo que será um meio termo entre o adotado pelo WSJ e o Financial Times (quem lê mais paga mais).

E caso esse modelo dê certo, comece a gerar receita, o NYTimes ajudará a quebrar um mito. De que o usuário de internet se interessa somente pelo que é gratuito, como se o valor de algo estivesse somente no preço. As pessoas buscam pela informação que tem “mais valor” para elas, não necessariamente pela que é “mais barata” (Grátis).

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Crédito da foto: Michiwend

3 respostas para “Alguém tem que pagar as contas”.

  1. Acho que as pessoas, na grande maioria, se interessam por conteúdos grátis. Pode ofertar gratuitamente muito conteúdo e cobrar por uma pequena parcela mais aprofundada ou especial, como sugera Chris Anderson.

    MATEUS

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  2. […] segunda-feira, comentei sobre a cobrança. Os primeiros a assinar a versão digital certamente serão os que mais valorizam […]

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  3. Notícias gratuitas sempre vão existir, pois acredito que é difícil fazer alguém pagar por algo que já estava acostumado a receber de graça. Mas a informação de qualidade deve ser cobrada, porque tem custo alto. O complicado é como disponibilizar este tipo de informação de forma a ter um rendimento condizente com o custo? Acho que a forma centralizada como a atual tende a desaparecer. Serviços de notícias passariam a disponibilizar notícias de qualidade de diversas fontes para diversos leitores. Parecido com o conceito de cauda longa.

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