Futuro mobile ou agnóstico?

Hoje caiu na minha caixa de entrada de email a pesquisa do Morgan Stanley indicando que o mercado mobile será duas vezes maior que o mercado desktop.

Sempre quando leio essas pesquisas, fico com a impressão de que, a cada dia, vamos largar os computadores e apenas acessar a internet pelo celular, mais ainda se depender da forma (quase que sensacionalista) como são noticiados esses estudos. Sempre fazendo um contraponto entre mobile e desktop. Se a pesquisa é feita com o publico jovem então, o contraste é reforçado.

O detalhe é que nem sempre os mais jovens podem ser usados como padrão de comportamento online. Existem coisas que você faz somente quando é jovem. Jovens usam mais scraps do que email? Mas será que, no futuro, quando eles tiverem outras responsabilidades, empregos, e nisso a necessidade de registro das mensagens, continuarão a adotar esse comportamento?

Pesquisas como a de Morgan Stanley mostram outra coisa. Que o “futuro não será mobile”, mas “agnóstico” em relação a dispositivos. Que, num futuro não distante, poderemos acessar a internet por meio de muitos dispositivos ao mesmo tempo – tablets, desktop, celular, carros, brinquedos.

Para mim, se tem algo que está ficando visível nos últimos anos com o crescimento do mobile é isso, que a internet terá muitas portas de entrada. Mobile ou não.

Nisso, a questão do “conteúdo inteligente” terá ainda mais importância. Aposto no futuro agnóstico.

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Crédito da foto: Alain Bachellier

8 respostas para “Futuro mobile ou agnóstico?”.

  1. Interessantíssimo esta questão. Para concluir, nenhuma mídia ou veículo acaba com outro. Não largaremos o pc porque o celular tem tudo, e sim teremos os dois. É sempre assim, agora a questão que colocou como o acesso a internet será mais facilitado, isso é uma grande sacada!
    Parabéns!

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  2. […] Agnoscitismo em relação a dispositivos – Com o crescimento do mercado mobile, vem ficando bem evidente que, cada vez mais, acessaremos a internet por meio de diversos […]

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  3. […] longe das especificações técnicas, esse lançamento representa o quanto a Apple entendeu que o futuro é agnóstico em relação a dispositivos. Uma das caratecterísticas mais poderosas da internet é o fato dela […]

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  4. Longe de bonzinhos, religiosos ou não, o “espirito” desses lançamentos é, tão somente, agradar a todos, o empresário criador (este em primeiríssimo plano, claro) e, em seguida, o público consumidor de seu produto (aqui, no dito “terceiro mundo”, devidamente acostumado a se contentar com o que inventam “por lá”). Jamais lançarão uma máquina do tipo “faz tudo” (nunca foram bobinhos, ok!?). Pois bem, razão acena para todos que sacaram: o futuro é incerto quanto aos lançamentos tecnológicos (isso é lógico!), porém, não se precisa ser Nostradamus, para “prever” que, os “deuses” da tecnologia, também curtem (e muitíssimo!) engordar seu patrimônio material. Portanto, nem tanto ao mistério, nem tanto à matéria: sejamos sensatos.

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  5. […] seja, em sua maioria, as pessoas já têm um comportamento “agnóstico em relação à dispositivos“. Querem que o conteúdo esteja disponível em vários suportes ao mesmo […]

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  6. […] certa forma, é mais uma pesquisa que mostra que a maioria as pessoas tem uma “postura agnóstica” em relação a dispositivos. Não são “presas” a um único dispositivo para se informar. Sinal de que o conteúdo […]

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  7. […] a revista Wired chegou a declarar o fim do WWW. E, como diz o jornalista Tiago Doria, o futuro da comunicação está cada vez mais agnóstica, indo além da […]

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  8. […] com essa visão, Ahonen levanta um ponto que já comentei no blog – na realidade, o futuro não será mobile, mas sim multiplataforma (device agnostic). O celular será apenas um dos dispositivos entre tantos […]

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