Em julho, a Google deu uma das respostas mais diretas aos jornais que tanto reclamam que o sistema de busca “rouba” conteúdo. A empresa publicou, em um dos blogs oficiais, instruções de como proceder para que o Google não indexe o seu conteúdo.
Na época, foi quase um “faça o que vocês quiserem da vida” da Google aos jornais.
Porém, nesta quarta-feira, Zachary M. Seward, do blog de mídia do NiemanLab, ligado à Universidade de Harvard, revelou que a empresa de busca está desenvolvendo uma plataforma de micropagamentos voltada para sites de jornais.
Em documento enviado à Associação Americana de Jornais, a pedido da própria organização, a Google revela detalhes da plataforma, que teria dinâmica parecida à da loja online iTunes (que vende músicas avulsas). Ou seja, haveria divisão de receita entre a Google e os jornais (30% – 70%)
Ainda no documento, a empresa de busca afirma que “open” (aberto) não significa necessariamente de graça e complementa, afirmando que os micropagamentos são uma opção interessante de receita, mas que não serão populares, o padrão para consumir conteúdo.
A plataforma será uma oportunidade para a Google testar o seu sistema de micropagamentos. Contudo, acredito que representará uma oportunidade maior de avaliação para os jornais.
A cobrança por acesso avulso a conteúdo (micropagamentos) será um teste para os jornais. Não somente para avaliarem os seus conteúdos, mas o julgamento que os leitores fazem do jornal em sua versão digital (vale a pena pagar pelo conteúdo?)
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