Oh não! Mais uma matéria sobre o Twitter

twittercapa

Por parte da TIME, a postura de colocar o Twitter na capa não causa nenhuma surpresa. A revista já havia dado destaque ao iPhone e aos blogs em um passado recente. Aliás, acho que essa capa com o Twitter veio até que tarde.

Achei a matéria de capa bem repetitiva, acredito que até para os leitores da revista. O próprio Twitter já foi tema de várias reportagens da TIME.

O artigo, assinado pelo escritor Steven Johnson, fala sobre mudanças na forma como nos relacionamos, camada a mais de informação, comunicação mais aberta, ubiquidade da informação. Ou seja, a mesma conversa que a gente ouviu a respeito dos blogs há 10 anos.

Ao ler essa matéria, cai a ficha de quanto reportagens deste tipo alimentam cada vez mais as premissas do texto Can we stop talking about Twitter now?, que li há algum tempo e é da consultoria britânica TEAM, que, vale mencionar, tem um ótimo blog.

Sobre a avalanche de matérias em torno do Twitter diz:

“É importante notar que isso (o twitter) é apenas um meio e, na verdade, muitas das oportunidades e desafios de usar esse meio não são novos”

Segundo sublinha o texto da Team, essas oportunidades seriam a de colocar em pé de igualdade cidadãos e organizações (que sempre detiveram um poder centralizado). A oportunidade de poder mobilizar pessoas e se comunicar com baixo custo, de forma imediata e sem tantas barreiras.

Por muito tempo, a ferramenta blog teve esse papel central e antes dela o email. Lembra do astronauta que enviava emails e atualizava um blog direto do espaço? Pois é, estamos falando da mesma coisa, o que muda são as ferramentas, as interfaces.

Na verdade por trás de blogs, microblogs, da “rede social da moda”, emails existe uma mudança maior e constante. Hoje é o Twitter, supostamente ontem foram os blogs e o email. Amanhã será outra ferramenta. Porém, as oportunidades serão constantes.

3 respostas para “Oh não! Mais uma matéria sobre o Twitter”.

  1. Nós, web comunicadores, já lemos muito sobre o Twitter, e tudo o que lemos parece óbvio porque somos usuários dessa ferramenta muito antes da primeira reportagem sobre ela.

    Mas tenho certeza de que essas reportagens não são escritas para nós. Faço especialização em Comunicação e Marketing e muitos professores e colegas meus que trabalham maior parte do tempo off-line têm muita dificuldade para entender a web e suas ferramentas.

    Alguns precisam ler várias reportagens assim para começar a entender e finalmente ter coragem de experimentar.

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    1. @Helen Fernanda

      Concordo com você. São públicos e objetivos diferentes.
      Mas não sei se bater na mesma tecla várias vezes adianta para as pessoas experimentarem e usarem efetivamente essas ferramentas.
      A imprensa fala repedidamente em tantas coisas, sem alcançar grandes resultados. No caso, entra a questão da influência do veículo.

      Sem contar que será que o interesse ao pautar essas matérias é que as pessoas experimentem essas ferramentas? Vale lembrar que vários veículos falam das coisas positivas do Twitter, mas, por mais contraditório que seja, praticamente proíbem os seus jornalistas de utilizar a ferramenta. Ex: Bloomberg e Wall Street Journal.

      abs

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  2. Eu diria que as oportunidades aumentam. Um meio de comunicação não necessariamente substitui o outro. A riqueza deles está na complementaridade. Os mais antenados já perceberam isto e sincronizam as atualizações do Twitter com sua rede social e com seu(s) blog(s). Tornam assim o ambiente cada vez mais rico e interativo.

    Amanhã não “será outra ferramenta”. Será mais uma.

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